Opinião sobre: Trilogia Princesa das Cinzas

Resenha por Iasmin Campos

Editora: ‎ ‎ Editora Arqueiro; 1ª edição (15 maio 2020)

Autora: Laura Sebastian



Olá Caleidoscópios, chegamos ao fim de mais uma trilogia e a última resenha de Princesa das Cinzas!

Se não sabe do que estamos falando, temos resenha por aqui de todos os livros, volta alguns posts e vai lá conferir! Caso tenha vindo do instagram, já sabe que tem conteúdo por lá também! 


AVISO: ESSA RESENHA PODE TER SPOILERS DOS LIVROS E RESENHAS ANTERIORES, POIS VAMOS PARTIR DO PONTO QUE VOCÊS JÁ LERAM NOSSO CONTEÚDO!


Como de costume e tentando atualizar vocês sobre o que acontece nos livros, vou dar um pequeno resumo de cada um, contando dos acontecimentos e em seguida a minha opinião sobre a trilogia! Vamos começar na ordem...

Princesa das Cinzas

Nesse livro temos a apresentação dos personagens e do mundo em que a história se passa. Assim, conhecemos Thoria, a princesa, filha da rainha de Astrea, que foi feita de prisioneira quando tinha seis anos, após os kalovaxianos invadirem seu país e matarem sua mãe. Nossa protagonista vive no castelo, agora do Kaiser, e está à mercê desse tirano, sendo chicoteada e punida todas as vezes que o governante se irrita. Conhecemos também Crescentia, sua melhor amiga e filha de Theyn, o líder do exército da Kalovaxia, e essas duas, mesmo sendo de países opostos, criam uma amizade desde a infância, sendo que atualmente possuem dezesseis anos.

Dama da Névoa

Aqui vemos a libertação da Rainha Theodosia do Kaiser, após um plano arquitetado com suas sombras, que são guardiões de Astrea, com a ajuda da pirata Dragonsbane e com o filho do tirano, o Prinz Søren, que foi feito de refém, todos estão no navio rumando para Sta’Crivero. O Rei Etristo propôs um acordo e vai ajudar Theo a conseguir um exército para derrotar a Kalovaxia e erguer o seu país, isso será por meio de um acordo com um governante dos outros países e uma troca feita com eles. 

Rainha das Chamas

Esse último livro tem nossa protagonista tentando reaver as minas do seu país com um exército escasso, também temos a ascensão de Crescentia como líder da Kalovaxia após matar o Kaiser e vemos o poder do fogo que ela possui. Além disso, há nossa Rainha tentando controlar o seu poder, governar os poucos homens que conseguiu e liderá-los com a ajuda de suas sombras, Erick, o governante de Gorake, Maile, a filha do governante de Vecturia, e Dragonsbane.  Há o fechamento da história dos livros e descobrimos como Theodosia conseguiu reerguer Astrea e reunir seu povo, bem como derrotar os kalovaxianos e a tão poderosa Kaiserin.


Bom, após situar vocês sobre os acontecimentos vou contar minha opinião sobre tudo!

Primeiro, preciso falar que realmente me surpreendi com a história, pois temos uma personagem extremamente forte por aqui e não imaginei que, mesmo com todas as adversidades e tudo o que passou, poderia conseguir seguir em frente sem em nenhum momento ficar se lamentando ou fazendo drama da situação ao qual estava vivendo. Não percebi, em nenhum ponto da narrativa, a personagem se lamuriando pelo que tinha acontecido com ela, nem mesmo quando tinha levado vinte chicotadas dos homens do Kaiser.

Confesso que a garota teve escolhas feitas de forma equivocada? Sim, algumas atitudes dela colocaram todos em perigo e quase os mataram muitas vezes, como quando Theo terceirizou a morte de Theyn, dando um veneno para a criada colocar na comida dele e foi descoberta, o que levou nossa protagonista a colocar o plano de fuga por água abaixo. Porém, tudo isso foi justificado e a personagem realmente se culpou por todas as mortes que provocou, só não deixou isso a abalar e disse que era em prol do de reerguer Astrea.

Algo que falei nas outras resenhas, que eu achei bem legal, é a mudança de personalidade de Theodosia, que em cada situação se comporta como a ocasião pede, ou seja, tem horas que é a rainha, em outras a Princesa das Cinzas a qual foi manipulada pelo Kaiser, outra é a menina que o Blaiser conheceu e como é tratada pelo seu povo. Então é nítido essas mudanças, não só no comportamento, mas também nos pensamentos e atitudes dela, como se fosse vários personagens que a protagonista precisa se vestir para lidar com aquela situação.

Preciso falar dos romances de Theo, já que claramente ela ama tanto o Blaiser quanto o Søren, mas dá para perceber a diferença de ambos e do sentimento deles para a personagem. Isso é uma coisa que, particularmente, achei muito legal, pois o livro tem romance, mas não tem nada de amor irracional, declarações ou algo imaturo, pelo contrário, vemos o crescimento do sentimento de uma forma muito natural e conseguimos entender o porquê surgiu.

O primeiro é aquele amor de infância e de alguém que a conhece desde muito pequena, sem contar no apoio emocional vindo das origens da personagem, fazendo-a se lembrar do papel de Rainha dela. Mas depois que descobre que o amigo possui a loucura das minas, isso pesa demais e Theodosia não sabe bem como lidar com isso, pois ambos querem se proteger, assim brigam o tempo todo e a Rainha dá ordens a Blaiser, como impedi-lo de usar seu poder, por medo de que ele morra.

Já o segundo é mais profundo, pois Theo mostra as suas fraquezas e deixa claro que o Prinz consegue vê-la sem ser a rainha, com todas as suas inseguranças e sendo um confidente para ela. Além de ser algo mais tranquilo e de muita parceria entre os dois, que foram construindo esse sentimento, sem contar na quantidade de vezes que Theodosia vai correndo libertar Søren quando ele vai preso. 

Então, meio que nossa protagonista ama os dois, precisa de ambos para governar, porque são seus conselheiros e vai levando os dois até o final. Sim, os meninos sabem do sentimento de ambos pela Rainha e dela por eles, ou seja, todo mundo sabe de tudo, e Blaiser morre de ciúmes do Prinz, mas não faz nada, pois a decisão é da Rainha.

Temos romance gay por aqui também, entre Erick e Heron, sim, esses só aparecem no último livro, mais para o final e só temos conhecimento do sentimento deles após alguns acontecimentos muito dramáticos com o primeiro. Há também o de Artemisia e Maile que tem uma interação, mas não foi aprofundado no que houve entre elas. Porém, achei muito legal, já que representatividade é muito importante e creio que não foi explorado por esse não ser o foco do livro, já que todo o cenário é sobre reerguer Astrea.

Uma coisa que preciso mencionar que me incomodou foi a morte do Kaiser, confesso que fiquei esperando isso o livro todo e a forma que aconteceu me deixou tão sem acreditar. Foi tão rápido e fora de contexto que sério, eu li 2x para ter certeza que entendi certo, depois de tudo o que ele representava e toda a fama, morrer tão fácil e de uma forma muito simples. Esse foi o único ponto que eu não gostei e me decepcionou um pouco, porque estava com uma expectativa muito alta e esperava que pelo menos fosse a Theo que o matasse.

O ponto dos poderes eu amei, gostei demais de ver os guardiões usarem seus dons e a forma como isso ocorre, da questão das pedras e todo o mundo que a autora criou foi muito legal. A escrita dela é muito detalhista, mas coloca isso em meio a ação e a conversas entre os personagens, então não fica aquela coisa massante só do personagem descrevendo. 

Enfim, para fechar, o final foi muito bom, adorei como a autora conduziu todos os acontecimentos e segurou o suspense até o último minuto. Isso inclui a morte de um personagem que já imaginávamos que não iria sobreviver, mas o livro termina de uma forma muito aberta, pois não houve a resolução da reconstrução de Astrea e muito menos como vai se seguir, só tivemos a ideia de como as coisas vão se suceder a partir daquele ponto. 

Se vocês me perguntassem se eu recomendaria os livros diria que demais, ainda mais porque não consigo ver um ponto negativo ou que não gostei na obra. Toda a história me envolveu, ficava vidrada em cada momento e conectada com cada informação que a autora dava. Então, vale muito a pena vocês lerem, os livros não são muito grandes, todo o mundo criado e os personagens são muito bem construídos! Leiam e se encantem com nossa Princesa das Cinzas!

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