Trono de Vidro: Coroa da Meia-Noite (Livro 02)
Coroa da Meia-Noite
Série Trono de Vidro – Livro 2
Resenha por Bianca Ramos
Título Original: Crown of Midnight
Autora:
Sarah J. Maas
Tradução: Mariana Kohnert
Editora Galera Record, 2020 – 16ª edição.
Livro Físico, 404 páginas
Sinopse
“Celaena Sardothien é a nova campeã do rei. Depois de vencer
a brutal competição que a livrou da escravidão das Minas de Sal de Endovier,
ela se tornou a assassina real. Coroa da meia noite é o segundo volume da série
Trono de Vidro, onde acompanhamos a guerreira Celaena em busca do que mais deseja:
sua liberdade.
Agora, a protagonista tem como obrigação é atravessar terra
e mar em busca de inimigos do rei e fazer cumprir sua vontade. Como recompensa,
recebe conforto, horas e mais horas de fartos banquetes, conselhos dados pela
doce Nehemia e uma enorme quantia que lhe permite comprar luxuosos vestidos e
muitos livros.
Embora tenha uma queda por luxos e vestidos bonitos, Celaena
se apresenta como uma liderança forte e confiante, disposta a sacrificar tudo
pela pessoa que ama, mas sem deixar que esse amor a defina de forma alguma.
Pois sua lealdade está longe de pertencer ao trono de vidro.
Nos arredores do castelo, surgem rumores a respeito de uma
conspiração contra os misteriosos planos do rei, e a assassina é encarregada de
cuidar dos traidores. Quando descobre que sua próxima missão é matar um velho
amigo, Celaena se vê em meio a uma perigosa trama de mentiras e traições tecida
ao redor da coroa.
Para um reino onde há muito a magia foi extinta, Adarlan se
revela um túmulo de segredos e mistérios, trancafiados atrás de cada porta,
codificados nas páginas dos livros. Enquanto Celaena tenta decifrar todos os
enigmas e conviver com a eterna disputa entre seus protetores – príncipe Dorian
e o capitão Westfall – uma trágica noite mudará a vida de todos no reino. Os
muitos segredos enterrados sob o castelo de vidro começam a vir à tona, e
Celaena mais do que nunca quer descobrir a verdade para fazer justiça.
Coroa da meia noite é uma história épica, repleta de tramas
e combates. Com personagens complexos e reviravoltas de tirar o fôlego, é capaz
de agradar aos mais exigentes leitores de fantasia.”
FONTE: https://www.record.com.br/produto/trono-de-vidro-coroa-da-meia-noite-vol-2/
Resenha
Oi caleidoscópios, como vocês então?
Prontos para continuarmos a série de resenhas sobre Trono de Vidro?
Hoje vamos falar sobre o segundo
livro da Série Trono de Vidro, chamado Coroa da Meia Noite escrito pela
maravilhosa e diva Sarah J. Maas.
Este livro é uma continuação de Trono de Vidro
e nele já temos Celaena – a nossa assassina que
não mata ninguém – como campeã do Rei de Adarlan. Há também mais mistérios e o
triângulo amoroso entre Dorian e Chaol continua, como previsto.
Devo dizer que a Sardothien neste
livro estava mais chata que o normal, sério. Ela me deu nos nervos a maior
parte da leitura e além de estar sendo insuportável, a pergunta feita na
resenha passada continua: onde está a assassina? Novamente, não vi nenhum traço
de assassina nessa personagem durante o início da leitura, somente mais para o
final é que temos um vislumbre da famosa Assassina de Adarlan, mas ressalto, é
apenas um vislumbre!
Mas mesmo assim, é só depois do meio
mesmo que vemos isso.
Para ser bem sincera, é depois da
metade do livro que a história realmente fica boa. A obra é dividida em duas
partes e somente na segunda a leitura te prende e você não consegue mais largar
o livro, pois antes disso fica meio arrastado e a chance de você “travar” é
grande, então a dica é: não desanime.
Nehemia, só a título de curiosidade,
continua sendo minha personagem favorita, pois é a única sensata naquele grupo,
se bem que neste livro ela também tem umas ações meio duvidosas...
Temos Celaena como campeã do Rei,
andando pelo mundo cumprindo as ordens do tirano e eliminando seus inimigos. A
princípio a história gira em torno disso: dos rebeldes, que querem acabar com o
reinado do Rei de Adarlan e com a nossa assassina tentando eliminá-los,
enquanto sofre em seu interior com isso, pois está ajudando o sádico que a
condenou ela e muitos outros a escravidão.
Em síntese o livro é bom,
principalmente o final, que é de tirar o fôlego. A parte dois do livro, como um
todo, é excelente e o final só comprova isso. Temos a revelação de alguns
segredos e além do mais Celaena fica bem mais esperta nesta parte, contribuindo
para que a história se desenvolva de um jeito mais envolvente, porque a lerdeza
dessa personagem na primeira parte dá muita raiva.
Leia com paciência, mas leia! A
leitura vale a pena e mesmo que trave na primeira parte como eu fiz, não
desanime. Saiba que a segunda parte realmente é boa e prepare-se para grandes
emoções, porque neste livro temos muitas delas.
Caso você vá parar de ler aqui, por
causa do spoiler, não se esqueça de seguir a gente no Instagram e deixar sua
opinião nos comentários! É muito importante!
AVISO! A PARTIR DESTE PONTO CONTÉM
SPOILER
Se você não gosta, não continue!
Agora começam os spoilers, se você é
apressadinho e não leu o aviso acima, estou te avisando de novo... A partir
deste momento, teremos spoilers!
Começo essa parte resenha dizendo,
pela milésima vez, que eu nunca vi uma assassina que não parece assassina.
Sério! Chega a dar raiva da Celaena, porque a princípio você não vê nada disso nessa personagem, pelo menos não o que faz justificar
sua fama como a temível “Assassina de Adarlan”. É de dar nos nervos!
Quando vai aparecer a temível
assassina? Essa foi à pergunta que eu me fiz durante a maior parte dessa
leitura.
Outra coisa que devo ressaltar é que
o clima que rola com Chaol, que acontece desde o primeiro livro, se intensifica
e fica nítido que dessa vez o capitão da guarda tem chances com a personagem.
Esse casal, na minha opinião, mereceu o fim que teve: super chato e convence o
total de zero pessoas, sério.
Chaol é um personagem chato! Dorian,
nesta parte, também é chato, mas o capitão da guarda consegue ganhar dele,
sério. Vai dando um ódio!!
Resumindo: todo mundo é chato, menos
Nehemia, que tem todo o meu coração e amor.
Agora, uma coisa que foi legal é:
Dorian tem magia. Aí você perguntará: Como ele possui poderes mágicos se a
magia está extinta de Adarlan? Eu te respondo: não sabemos a resposta a
princípio e eu não iria te contar mesmo assim, porque você precisa ler para
descobrir. Mas a justificativa é boa e interessante, já adianto.
Além dos personagens que já conhecemos como
Dorian, Chaol, o Rei de Adarlan e até mesmo Nehemia, temos a introdução de
outros personagens na trama. Um deles é Archer Finn.
Vou contextualizar a entrada do
personagem para vocês não ficarem perdidos na história. Celaena agora é campeã
do Rei de Adarlan, isso significa que é responsável por eliminar todos os
inimigos do monarca e todos aqueles que ameaçam o seu reinado, ou simplesmente
de quem o rei não gosta – e ele não gosta de muita gente, diga-se de passagem.
Então, uma das missões de Celaena é
matar Archer Finn, pois o Rei desconfia do envolvimento dele com os rebeldes
que querem destroná-lo. Só temos um problema: Archer, que é um cortesão de
Madame Clarice, é amigo de infância da Sardothien e em vez de mata-lo ela
resolve dar a oportunidade de Archer fugir, como fez com outras pessoas que
havia sido designada para matar.
Pois é, a nossa assassina não matou
ninguém que o Rei mandou!
Obviamente que Celaena não percebe
que o cortesão é o maior mentiroso de todos e que é mais falso que nota de três
reais. Portanto, acaba caindo na conversa fiada de Archer.
Na verdade, se formos honestos,
neste livro ela cai na conversa fiada de muita gente. É muita ingenuidade
Uma coisa positiva nesta leitura é a
questão dos rebeldes. Temos uma ideia maior, e melhor, do movimento rebelde e
de como ele está tentando atuar, além de descobrimos no que ele se baseia e
quais as suas metas. Obviamente que Celaena corre desse movimento, devido ao
problema de se posicionar, mas não deixa de ser interessante descobrir como as
coisas podem se desenvolver, caso ela deseje tomar partido.
Além disso, há uma imensa falta de
comunicação entre os personagens durante toda a obra. Noventa por cento dos
problemas seriam resolvidos se o nosso quarteto fantástico, composto por
Celaena, Chaol, Dorian e Nehemia, sentassem e conversassem sobre seus planos,
problemas e informações, poupava tanto sofrimento!
Tudo se resolveria facilmente! Mas
não, parece que ninguém confia em ninguém, então um fica escondendo coisas do
outro e acaba que temos uma confusão desmedida.
A coisa se agrava no fim da primeira
parte, com a morte de uma personagem que me deixou de queixo caído. Não vou
dizer quem morre e nem o que acontece, mesmo essa parte contendo spoiler, para
te deixar curioso a ler o livro, mas eu vou ser sincera: depois desse episódio,
tudo no livro mudou.
Eu gostava da personagem, então
fiquei de queixo caído quando aconteceu, mas foi muito relevante para história,
muito mesmo! Deu um giro de 180 graus no enredo e, a partir disso, as coisas
começaram a acontecer. Esse é um exemplo de morte que realmente é importante
para a trama!
Primeiro
temos Celaena vingativa – e sim, não é ela que morre, até porque se morresse não teríamos mais cinco
livros pela frente não é mesmo? – Devo dizer que essa versão vingativa é boa,
mas mesmo assim continua sendo uma personagem um pouco ingênua e que cai no
papo de todo mundo.
As
vinganças dela são ridículas e parece que quanto mais a personagem quer vingar, mais dá errado. Vemos isso com Sam e agora veremos de novo neste
livro. Celaena e vingança, a princípio, não são duas coisas boas de se juntar.
Além disso, temos mais mistérios
neste livro e a presença de um poema, óbvio demais inclusive, que é dado a
nossa personagem principal para desvendá-lo. Quem aí já leu Corte de Espinhos e
Rosas sabe como são os poemas que são dados as personagens, você lê uma vez e
já sabe a resposta, enquanto o personagem fica o livro inteiro tentando
descobrir o que está acontecendo.
Há também a presença de uma Bruxa
Dente de Ferro, que foi citada por Ansel dos Penhascos dos Arbustos em Lâmina
da Assassina. Essa parte é muito boa, eu gostei muito da bruxa em si, porque dá
um medinho e também porque Celaena entra no modo estressada, o que é a sua
melhor faceta até então.
Tenho que dizer algo: a Sardothien
não é uma personagem fácil de gostar nesse livro, por causa do drama e da
lerdeza em alguns pontos, mas quando fica estressada com algo, a história fica
boa. Acho que a assassina é muito ingênua neste ponto, pois fica esperando as
coisas acontecerem, evita ao máximo se posicionar, o que acaba deixando o
leitor estressado com suas atitudes.
Eu, particularmente, fiquei o livro
todo pensando “amiga, tome uma atitude pelo amor de Deus”, mas ela continuava
do mesmo jeito.
Mas apesar disso, o livro é
excelente! Fica melhor, obviamente, após a segunda parte, que é quando a
situação realmente se torna emocionante, principalmente o final. Temos
revelações bombásticas neste final, que é mil vezes melhor que o de Trono de
Vidro.
A escrita é ótima, os diálogos são
bem legais e os mistérios são ótimos. Se você ficar meio preso na primeira
parte, não desista, a segunda parte é excelente e vale totalmente a pena
insistir na leitura!
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um comentário com sua opinião (não custa nada)! Contem para nós se vocês também
gostaram? Um ponto que não foi citado, se a resenha ajudou na leitura e essas
coisas!
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