Corte de Gelo e Estrelas (Livro 3.5) - Spin-off
Resenha por Bianca Ramos
Título Original: A court of frost and starlight
Autora: Sarah J. Maas
Tradução: Mariana Kohnert
Editora Galera Record, 2021 – 13ª edição.
Livro Físico, 237 páginas
Sinopse
“A série best seller Corte de Espinhos e Rosas, da mesma autora de Trono de Vidro, ganha um spin-off em Corte de gelo e estrelas, volume que tem início após os acontecimentos de Corte de asas e ruína.
Para Feyre Archeon, ser Grã-Senhora ainda é uma novidade, e ela precisa descobrir seu papel enquanto luta para reconstruir uma Velaris devastada pela guerra contra Hybern. A muralha que separava o mundo feérico do mundo humano se foi, Keir está prestes a deixar a Corte dos Pesadelos para uma visita à cidade de Luz Estelar e os illyrianos parecem insatisfeitos com o resultado da guerra.
Divididos entre as tentativas de retomar suas vidas após a grande batalha, as responsabilidades de liderar a Corte Noturna e a preparação para o rigoroso inverno, o trabalho de Feyre, Rhys e seu Círculo Íntimo parece nunca ter fim. Todos seguem tentando manter a paz, conquistada a base de muito esforço e perdas pessoais, após a queda da muralha. Mas com o Solstício de Inverno finalmente se aproximando, chega também a promessa de descanso conquistado com muito esforço.
No entanto, nem as festividades conseguem impedir que as sombras da guerra se aproximem.
Enquanto vive primeiro Solstício como Grã-Senhora, Feyre ainda lida com os horrores do passado recente e percebe que seu parceiro e sua família têm mais cicatrizes do que ela esperava – cicatrizes que podem impactar o futuro, e a paz, de sua Corte.
Corte de gelo e estrelas é derivado do universo de Corte de Espinhos e Rosas, e tem como foco principal os seus personagens, proporcionando aos fãs da série, uma visão geral do universo após o final da primeira trilogia. Contado a partir de perspectivas alternadas, a narrativa permite que o leitor reencontre Feyre, Rhysand, Cassian, More, Elain, Nesta, Azriel e Amren, enquanto tentam encontrar o caminho para o novo mundo pós-guerra.”
FONTE: https://www.record.com.br/produto/corte-de-gelo-e-estrelas/
Resenha
Oi, caleidoscópios! Como passaram a semana? Espero que todos estejam bem e saudáveis!
Então, a guerra acabou! Ou pelo menos, foi isso que Sarah J. Maas nos fez acreditar com o final de “Corte de Asas e Ruína”, né? Digo isso porque a autora, além de escrever muito bem, é ótima em deixar finais em aberto... Foi o que aconteceu no último livro da saga de Feyre.
O fim do terceiro volume foi capaz de nos deixar chocados. Se você leu e não ficou se perguntando “o que está acontecendo aqui?”, realizou a leitura de forma errada, sugiro voltar e ler novamente.
Agora, é sério, final impactante e um teste para cardíacos, não é mesmo? Primeiro tivemos Elain matando o Rei de Hybern, Nestha e Cassian quase morrendo, o pai das Archeron indo ao socorro das filhas, junto com um exército de Vassa e de Dracon, só para terminar morto também. Além disso, Amren se libertou e virou um pássaro estranho que matou geral, bem como Rhys e Feyre tentaram reconstruir o Caldeirão, que se desfez após a derrota de Hybern.
Neste momento, foi o ponto crítico, afinal... Rhysand morreu! Mas como ninguém morre e permanece morto, o parceiro de Feyre foi ressuscitado pelos Grão-Senhores. Deste modo, terminamos “Corte de Asas e Ruínas”, com a guerra finalizada, mas ainda muita tensão, bem como sem a muralha, que o Rei de Hybern fez o favor de derrubar.
Você termina o terceiro livro pensando “tá, mas e agora? O que vai acontecer?”. Honestamente, eu achei – inocentemente – que Sarah iria finalizar o arco respondendo todas as perguntas, mas fui ingênua, pois não obtive resposta nenhuma! Então veio este spin-off, uma novela do universo de Corte de Espinhos e Rosas bem fininha e eu finalmente pensei que minhas perguntas seriam respondidas... Ledo engano! Terminei a obra com mais dúvidas do que comecei!
Bom, este é um livro intermediário, entre Corte de Asas e Ruína e Corte de Chamas Prateadas, então não temos muitas questões sendo resolvidas. Na minha humilde opinião, parece mais uma pequena fanfic do que realmente uma história com informações relevantes, pois é mais uma despedida de Feyre como protagonista do que tudo.
Assim, ao iniciar “Corte de Gelo e Estrelas” somos apresentados ao pós-guerra e como os nossos personagens estão lidando com a luta contra Hybern e com a queda da muralha. Descobrimos que nenhum tratado ainda foi assinado e que, inclusive, alguns Grão-Senhores estão atrasando os acordos, fazendo com que todos fiquem em uma situação de limbo, pois nada foi firmado ainda e o que havia antes também não está valendo.
Além disso, temos a informação de que as rainhas humanas estão todas trancadas em seu castelo, nas terras humanas e provavelmente tramando algo, afinal... O lado que elas apoiaram durante a guerra acabou, literalmente, decapitado e dizimado. As monarcas estão silenciosas demais e, mesmo durante as comemorações do Solstício de Inverno, Rhys e Feyre continuam se preocupando com o que pode acontecer.
Há muita tensão no ar, como se qualquer movimento em falso dos nossos personagens pudesse trazer uma explosão. Incluindo nisso, há as tropas Illyrianas, que tiveram muitas baixas após a guerra e estão iniciando boatos de rebeliões, deixando claro suas insatisfações com a situação atual, o que deixa Cassian bem preocupado.
No entanto, estas não são questões principais no livro, já que nenhum desses problemas é aprofundado na obra. A verdade é que se trata dos amigos se reunindo para passar o Solstício de Inverno juntos, curando-se das feridas emocionais deixadas pela guerra e também lidando com as consequências de seus atos.
Como será essa reunião festiva? As coisas continuarão tranquilas ou teremos barraco? Se quiser descobrir é só continuar lendo a resenha na parte dos spoilers!
O livro, em si, é necessariamente obrigatório. Dá para pulá-lo e ir direto para “Corte de Chamas Prateadas” sem nenhum problema, no entanto, é bacana lê-lo, ainda mais considerando que ele é bem pequeno e a leitura é muito rápida. Se você estiver animado, dá para finalizar em dia, se não... Vá lendo aos pouquinhos!
A escrita de Sarah J. Maas é impecável, como sempre, inclusive, vocês devem estar cansados de lerem eu falar sobre isso, mas é a verdade. Uma coisa muito legal que tivemos neste livro foi a narrativa em vários pontos de vista distintos, saímos da mente de Feyre e descobrimos como são os pensamentos de Cassian, Mor, Nestha e Rhys! Foi um ponto muito positivo, pois não monopolizou a história só com um personagem!
Recomendo ler? Sim, mas não digo que é obrigatório e nem achei o livro tão necessário assim. A história é boa, mas não excelente se comparada aos demais volumes lançados!
Quer saber mais sobre? Você pode ler a história e também continuar a leitura da resenha, na parte de spoilers!
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AVISO! A PARTIR DESTE PONTO CONTÉM SPOILER
Se você não gosta, não continue!
Agora começam os spoilers, se você está com pressa e não leu o aviso acima, estou te avisando de novo... A partir deste momento, teremos spoilers!
Bom, confesso que não há muito o que falar, já que o livro não possui tanta história assim e nem um arco narrativo principal, é tudo sobre a tensão do pós guerra e os preparativos para o Solstício de Inverno, o primeiro que Feyre passará com seu parceiro e também com sua família.
No entanto, conseguimos algumas informações muito importantes! Primeiro descobrimos que a Corte Primaveril está às traças! Para quem não se lembra, terminamos “Corte de Asas e Ruína” com Tamlin traindo o Rei de Hybern, arrastando Beron, Grão-Senhor da Corte Outonal, pelos cabelos para a guerra e ajudando a salvar Rhys.
Honestamente, eu pensei que o Grão-Senhor da primavera estaria sereno lá na Corte Primaveril, de coração partido, mas tentando reconstruir as coisas. No entanto, isso não aconteceu, as terras estão completamente destruídas, não tem ninguém para governar e acaba que o lugar está, literalmente, abandonado... E o pior: é a única corte de Prythian que faz fronteira com as terras humanas, mas não tem ninguém para delimitar, montar guardas e realmente controlar a entrada e saída, tanto de humanos como de feéricos.
A segunda coisa importante, que eu achei, foi como os personagens ficaram após a guerra. Como Feyre reagiu, a longo prazo, ao confrontar sua verdadeira essência no Uróboro? E as irmãs Archeron, após a morte do pai?
Vou dar algumas pequenas informações para vocês, afinal... O legal é ler o livro mesmo, mas só para deixar vocês cientes, a nossa Grã-Senhora está até que bem, ainda sofrendo para se livrar dos horrores que viveu, mas como tem Rhys e a família ao seu lado, consegue compreender melhor os sentimentos.
Elain, continua na mesma, plantando suas florezinhas, ignorando Lucien e sendo irrelevante para a história... Sério, até hoje não superei que ela foi quem enfiou a faca no Rei de Hybern!
Já Nestha... Essa sim está indo de mal a pior! Honestamente, fiquei surpresa com a personagem nesse livro. Pensei que veria ela estreitando os laços com Cassian (meu casal!), mas nada disso aconteceu. A primogênita das Archeron afastou todos, não conversa com ninguém, ignora geral, não mora mais com a irmã e o cunhado, não quer saber do Círculo Íntimo, sendo que a única pessoa com a qual conversa é Amren, além de ter se afogado na bebida e no sexo!
Pois é, Nestha virou realmente sexo, drogas (no caso, podemos dizer álcool) e rock’n roll! Fiquei chocada, mas entendi que era o arco dela para Corte de Chamas Prateadas.
Como eu disse anteriormente, o livro fica em torno do Solstício de Inverno e parece, realmente, uma despedida de Feyre como protagonista. Não temos uma questão principal a ser resolvida, a não ser as tensões apresentadas, o que, ao meu ver, torna a leitura pouco chamativa. Honestamente, eu preciso de um mistério e de um problema pra resolver.
O livro é bom para saber em que ponto cada personagem está, como se fosse um prelúdio para o quarto volume, mas sua leitura não é estritamente necessária. As informações que são passadas não são tão vitais assim e dá para começar Corte de Chamas Prateadas sem ter lido o spin-off.
A escrita, como eu disse antes, é ótima e talvez o ponto alto seja a troca de narrativa entre os personagens. Como sou suspeita, confesso que amei os pontos de vista de Cassian, mas é porque ele é meu favorito mesmo, nunca escondi isso de vocês, né?
Temos alguns aprofundamentos nos relacionamentos entre os personagens, como Feyre e Rhys que parecem estar ocupados demais com o pós guerra e precisando de umas férias e também de Varian e Amren, mesmo que apareça bem pouco. A interação entre o Círculo Íntimo é ótima também, mas realmente o que mais chama atenção é a tensão sobre as rainhas humanas e o relacionamento de Nestha e Cassian, que vai de mal a pior.
Eu esperava um amor entre os dois, pelo modo como o livro passado terminou, com ambos aceitando a morte juntos... Mas só tivemos brigas, confusão e muito veneno, o que também não foi ruim, afinal somos ou não somos barraqueiras?
A leitura não é necessária, mas vale a pena ler, ainda mais considerando que o livro é muito pequeno e rende bastante. Sério, com algumas horas dá para começar e terminar, sendo que a escrita boa facilita muito, bem como também a mudança de pontos de vista, é sempre legal ver narrativa diferente sobre as coisas! Garanto que esta obra vai te fazer ficar curioso sobre o quarto livro!!!
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