Corte de Chamas Prateadas (Livro 04)
Resenha por Bianca Ramos
Título Original: A court of silver flames
Autora: Sarah J. Maas
Tradução: Mariana Kohnert
Editora Galera Record, 2021 – 1ª edição.
Livro Físico, 712 páginas
Sinopse
“A guerra finalmente chegou ao fim, e a irmã de Feyre, Nestha, brilha em Corte de chamas prateadas, a sedutora e poderosa sequência da aclamada série Corte de espinhos e rosas.
A 1ª edição inclui dois contos extras, um da Feyre e um do Azriel. Um conteúdo inédito e exclusivo da edição brasileira do livro para os fãs da série.
Nestha Archeron sempre foi orgulhosa, irritável e lenta em perdoar. Ter sido Feita pelo Caldeirão não tornou sua personalidade mais doce. Mas o que poucos sabem é que, por trás da fachada de força, Nestha carrega uma dor que a está corroendo: o arrependimento por não ter feito nada para ajudar a família quando caíram na pobreza e por não ter sido capaz de salvar o pai…
Desde que foi forçada a entrar no Caldeirão e se tornar Grã-Feérica contra sua vontade, ela lutou para encontrar um lugar para si mesma dentro do mundo estranho e mortal que habita. No entanto, ela não consegue superar os horrores da guerra com Hybern e tudo o que perdeu nela.
A única pessoa que a incendeia, mais do que qualquer outra, é Cassian, o guerreiro com cicatrizes de batalha cuja posição na Corte Noturna de Rhysand e Feyre o mantém constantemente na órbita de Nestha. Mas seu temperamento não é a única coisa que Cassian inflama. O fogo entre eles é inegável, e fica ainda mais quente quando são forçados a ficarem próximos um do outro.
Como se não bastasse, a possibilidade de uma nova guerra desponta no horizonte e, enquanto isso, as traiçoeiras rainhas humanas que retornaram ao continente durante a última guerra forjaram uma perigosa nova aliança, ameaçando a frágil paz que se instalou nos reinos… E a chave para detê-los pode depender de Cassian e Nestha enfrentarem seu passado assustador.
Contra o pano de fundo arrebatador de um mundo devastado pela guerra e atormentado pela incerteza, Nestha e Cassian percebem que apenas juntos podem triunfar, e lutam contra monstros por dentro e por fora enquanto buscam aceitação – e cura – nos braços um do outro.
‘Uma história maravilhosamente escrita, tão exuberante e romântica quanto feroz. Absolutamente fascinante.’ – Alexandra Bracken, autora best-seller do New York Times sobre Corte de espinhos e rosas.
‘Passional, violento, sexy e ousado… Impossível de largar. Corte de asas e ruína irá envolvê-lo em sua narrativa, e então te deixar encantado e intrigado.’- USA Today sobre Corte de asas e ruína”
FONTE: https://www.record.com.br/produto/corte-de-chamas-prateadas-vol-4-corte-de-espinhos-e-rosas-edicao-de-colecionador/
Resenha
Oi, caleidoscópios! Como vocês estão? Espero que todos estejam bem, saudáveis e esperando ansiosamente a vacina!
Bom, hoje temos a nossa última resenha sobre o universo de Corte de Rosas e Espinhos. Quem mais está chateado? Eu confesso que preciso de mais livros dessa série para ser feliz.
Inicialmente, antes de falar sobre o quarto volume, preciso avisar a vocês que o livro possui, na capa dele, classificação indicativa para maiores de 18 anos, isso significa que contém cenas de sexo explícito, bem como também relatos de depressão bem detalhados. Se você for menor de idade ou tiver sensibilidade a estes temas, essa não é uma leitura indicada (e nem essa resenha, no blog temos outros conteúdos bem legais, pode ir lá conferir).
Seguindo a nossa lógica das últimas resenhas, vamos falar um pouco sobre como “Corte de Gelo e Estrelas” (ou fanfic, como eu o chamo) terminou. Tivemos certeza de que Nestha e Cassian não estão nada bem um com o outro, principalmente após a feérica expulsar o illyriano no Solstício de Inverno, deixando claro que não corresponde seus sentimentos.
Ou seja, de um lado há uma Nestha bêbada, ferida e completamente perdida, enquanto que do outro temos um Cassian frustrado, que quer ajudar, mas não consegue vislumbrar um modo de fazer aquilo dar certo. Uma confusão a ser resolvida, obviamente, neste quarto volume!
Além disso, no spin-off, há a informação de Feyre e Rhys estão resolvendo aumentar a família, não que isso seja surpresa para alguém já que quem leu Reino de Cinzas, Aelin, enquanto caía pelos mundos, viu a nossa Grã-Senhora grávida! Por fim, nos deparamos com uma Corte Primaveril digna de pena, sendo governada por ninguém, pois Tamlin não dá conta de controlar nem a si mesmo e cuidar dele próprio (quase um Brasil com Bolsonaro) e também temos a informação de que as rainhas humanas estão isoladas, tramando alguma coisa.
É neste cenário maravilhoso que iniciamos “Corte de Chamas Prateadas” (que na verdade são douradas, por causa da capa do livro). Bom, nenhuma surpresa o fato de que encontramos nossa protagonista, Nestha Archeron, em um estado deplorável, não é mesmo? Já sabíamos que a garota não estava bem... Desconfio que ela nunca esteve bem, na verdade, pois sempre foi uma personagem meio apática, fechada e que não tinha muita paciência para ninguém, não mostrando muito seus sentimentos.
No entanto, Nestha está cada vez se afundando mais na bebida, sendo menos seletiva com seus parceiros sexuais e, obviamente, manchando o nome da família, já que a conta de suas “noitadas” é paga por Rhys e Feyre. Ela cortou todos da família, sendo que nem Amren quis manter contato com a garota por causa de uma briga que tiveram... Ou seja, a primogênita das Archeron está realmente sozinha, sem ninguém ao seu lado.
Só que Feyre não pode deixar sua irmã ficar assim, né? Primeiro porque se preocupa com ela e segundo por ter uma reputação a manter! Assim, cansada do comportamento da irmã, a Grã-Senhora chama Nestha até sua casa e dá a garota duas escolhas: 1) vai morar na Casa do Vento (que possui dez mil degraus para chegar à cidade) e treina com Cassian durante a manhã, no Acampamento Refúgio do Vento, trabalhando na biblioteca abaixo da casa na parte da tarde ou 2) pode ir morar nas terras humanas, onde sofrerá preconceito, será excluída e nunca vai ser aceita.
Escolha meiga, né? Aqui fica a minha primeira crítica aos que os personagens fizeram, pois quando Feyre estava depressiva, principalmente com o que havia acontecido em Sob a Montanha, ninguém deu um ultimato para ela, ou simplesmente “deixou-a quieta para se resolver’, pelo contrário, todo mundo ficou lá apoiando. Cadê a rede de apoio à Nestha? O cuidado e o carinho?
Por que o mesmo tratamento não foi dado a Nestha? E deixo aqui registrado que ela estava tão traumatizada quanto a irmã, pois viu o pai morrer na guerra e não pode fazer nada para salvá-lo, foi colocada a força no caldeirão e teve que ser transformada contra a sua vontade, ao passo que assistiu todos a sua volta, principalmente Cassian, quase morrendo durante a batalha.
Fiquei indignada com isso mesmo! Achei que houve uma desproporcionalidade sem igual de tratamento entre as personagens.
Porém, seguindo o baile... Nestha escolhe ir para a Casa do Vento, já que não teria condições de viver nas terras humanas. Agora, adivinhem quem vai ficar com ela? Sim, Cassian... E os dois sob a supervisão de Azriel!
A receita para o desastre, certo? Primeiro porque o coitado do Az não está preparado para a explosão que é Cassian e Nestha e segundo porque esses dois realmente pegam fogo, tanto no sentido bom da palavra quanto na questão bélica mesmo. É gritaria e xingo pra tudo quanto é lado, pois a Archeron não tem medo de dizer o que pensa, nem tem senso para evitar magoar as pessoas e o general não pensa duas vezes antes de provocar, sendo que também não consegue controlar bem seu temperamento explosivo.
Resultado disso é briga, xingamento, mais briga, Cassian dizendo umas verdades para Nestha, a garota se recusando a treinar, os dois brigando mais um pouco, tensão sexual, mais briga, e assim vai... Além disso, a ira da Archeron não fica somente no illyriano, já que a garota simplesmente destila veneno em tudo e, surpreendentemente, a pessoa com a qual ela tem uma relação até amigável é Azriel, mas é bem pouco mesmo.
Somada a essa confusão toda, ainda temos as rainhas humanas se recusando a dar um paradeiro sobre seus planos e o seus objetivos. Descobrimos, na verdade, neste livro, que a paz forjada na guerra é frágil e pode ser derrubada a qualquer momento, pois as cortes e territórios não querem diálogo, basicamente ninguém quer saber de nada, a não ser, obviamente, se preparar para um possível conflito.
O que vocês acham que vai acontecer? O Círculo Íntimo vai conseguir manter a paz? Nestha vai conseguir controlar seus poderes e ser útil para uma possível guerra? Ou ela vai voltar para a vida que tinha antes? Se quiser descobrir é só continuar lendo a resenha na parte dos spoilers!
O livro é excelente, de verdade mesmo! Lembram-se de quando eu disse que o segundo volume da série era o meu favorito? Pois é, não é mais! Esta obra ganhou meu coração por completo e agora o meu preferido é “Corte de Chamas Prateadas”!
Neste momento, vou aproveitar e fazer um desabafo aqui... Vi algumas postagens de pessoas falando mal do livro, não gostando e até mesmo xingando Nestha por algumas atitudes que ela tem ao longo da trama. Para mim, essas críticas são completamente infundadas!
O livro tem uma carga emocional maior, com certeza, porque a Nestha não está em um estado de espírito bom, ao passo que ela também não é uma protagonista mocinha fofa e meiga. A garota é aço puro, ao mesmo tempo que ama demais, é sarcástica, é estressada, não tem paciência e comete muitos erros. Não temos aqui a heroína perfeita, mas sim uma pessoa em construção, superando seus medos e trilhando sua caminhada.
Além disso, temos que observar uma pequena coisa: se Nestha fosse um personagem masculino, estaria sofrendo as críticas que estão atribuindo a ela? Acho que não...
A história, para nossa surpresa e completo deleite, é escrita em terceira pessoa, alternando entre acompanhar Cassian e Nestha, o que deixa tudo muito legal. A escrita é maravilhosa, como sempre, e também mais madura, pois parece que nesta obra Sarah J. Maas escreveu para um público mais adulto, amadurecendo bastante os personagens e seu texto.
Uma coisa que achei ruim foi o livro físico! Sim, a minha versão veio com alguns erros de português (e de tradução), além de que temos algumas páginas com impressão fraca e falhas! Quem comprar a segunda edição, por favor, nos informe se os problemas persistem!!
Voltando, eu acho que compensa muito ler e que algumas críticas feitas são completamente infundadas. O livro é ótimo, a Nestha é uma excelente protagonista e sim, o casal que ela forma com Cassian é magnífico!
Quer saber mais sobre? Você pode ler a história e também continuar a leitura da resenha, na parte de spoilers!
Caso você vá parar de ler aqui, por causa do spoiler, não se esqueça de seguir a gente no Instagram (@caleidoscopio_literario) e deixar sua opinião nos comentários! É muito importante!
AVISO! A PARTIR DESTE PONTO CONTÉM SPOILER
Se você não gosta, não continue!
Agora começam os spoilers, se você está com pressa e não leu o aviso acima, estou te avisando de novo... A partir deste momento, teremos spoilers!
Bom, vocês já sabem que eu estou completamente apaixonada por este livro, então... Vamos continuar com minha “babação de ovo” por essa história maravilhosa!
Nestha foi para a Casa do Vento depois do ultimato da irmã, mas deixou bem claro que não iria treinar com Cassian no acampamento illyriano, fazendo com que ele “perca seu tempo” tentando ajudá-la. Ao mesmo tempo, descobrimos que Beron está tramando alguma coisa com as rainhas humanas e, para a surpresa de todos, Rhys designa o general para investigar mais aquela situação e bancar o cortesão.
Agora vocês imaginem uma coisa... Cassian é bom com guerras, estratégias, mas política e bajulação não são com ele! Assim, além de lidar com Nestha – o que é uma tarefa e tanto, pois a garota não facilita – ainda tem que ficar bancando o diplomata e espionando para Rhysand. É confusão que vocês querem? É confusão que teremos!
A primogênita das Archeron continua com sua birra, dizendo que não irá treinar no acampamento de jeito nenhum. Porém, Cassian é um general inteligente e sabe ler nas entrelinhas... Deste modo, inicia o treinamento de Nestha na própria Casa do Vento, sendo que para isso faz um acordo com a feérica: ela treina durante uma hora e em troca ele fica lhe devendo um favor, qualquer favor!
Pelo visto Cassian tem 500 anos, mas não aprendeu a fazer acordos com magia! Ele promete a Nestha que vai fazer o que ela quiser no momento que a garota achar melhor... Isso, para mim, só demonstra o quanto o nosso general confia na feérica (ou que está doido, vocês escolhem).
No entanto, se achavam que nossa história ficaria somente na tensão sexual entre Cassian e Nestha (que cada vez cresce mais), estão muito enganados. Descobrimos que todas as rainhas humanas deixaram a fortaleza em que se escondiam, menos uma, chamada Briallyn, a monarca que ficou velha após entrar no Caldeirão depois de Nestha, em “Corte de Névoa e Fúria”.
Aparentemente, a governante não gostou de ter sua juventude sugada ao ser transformada em feérica, assim, passa a correr atrás dos Tesouros Nefastos, que são objetos “Feitos” e possuem um poder gigantesco, fazendo com que quem os detenha possa controlar a morte e outras coisas... Esses tesouros são uma máscara, uma harpa e uma coroa, sendo que a primeira controla os mortos, o segundo regula o tempo e o terceiro lhe dá poder sobre as pessoas, fazendo com que elas façam o que você quiser... Isso tudo, se usados separados, agora imaginem juntos!
Além disso tudo, descobrimos que Beron está tramando junto com essa rainha humana, sendo que o Círculo Íntimo está desconfiando de que ambos estão sob a influência de Koschei, a criatura mística estranha que aprisionou Vassa ao lago, como descobrimos em “Corte de Asas e Ruína”. No entanto, Eris descobriu isso sobre seu pai e temendo uma nova guerra, bem como a dizimação de seu povo, resolve agir junto com a Corte Noturna a fim de evitar que a situação se agrave, afinal a paz ainda está muito frágil.
Uma confusão boa, né? Mas não para por aí! Sabe quem são as únicas pessoas que podem “rastrear” os tesouros nefastos? Sim, Nestha e Elain, afinal, ambas também foram “Feitas” pelo Caldeirão e, como Amren adora ficar repetindo, semelhante atrai semelhante.
Obviamente que Nestha, sendo superprotetora como é, não vai deixar Elain ir atrás dos objetos, por isso, acaba que assume a responsabilidade de tentar rastreá-los, pois eles sabem que Briallyn está com a coroa, mas não tem nenhuma notícia dos outros dois. Começa-se, literalmente, a uma caça ao tesouro, para ver quem os consegue mais rapidamente.
Aliado a isso temos a notícia de que Feyre está grávida! No entanto, estamos falando de Sarah J. Maas, ou seja, a gravidez da Grã-Senhora não seria nada fácil, né? Resultado, descobrimos que o bebê tem asas, pois foi concebido quando a garota estava transformada em Illyriana. Até então, não teria problema... Se a caçula das Archeron tivesse permanecido em sua forma alada, o que não aconteceu.
Isso porque as mulheres illyrianas tem uma anatomia pélvica específica para, na hora do parto, passar o bebê alado sem problemas. Só que Feyre não é illyriana, muito menos possui a tal modificação e nem pode se transformar de novo para o bebê passar, pois é muito perigoso. A consequência disso é que a vida tanto da Grã-Senhora como do feto está em risco, consequentemente, a vida de Rhysand também está, pois se a parceira dele morrer, o Grão-Senhor morre também por causa do acordo que os dois fizeram de morrerem juntos, no final de “Corte de Asas e Ruína”.
Devo salientar que a chance de Feyre morrer é grande, além do bebê ir junto. É importante ressaltar que os feéricos vivem por mil anos, mas não sabem fazer cesariana (e nem tem energia elétrica, pasmem!), assim o parto tem que ser normal mesmo. O pior disso tudo: ninguém conta para a Grã-Senhora os perigos que ela corre, pois Rhys não quer perturbá-la com a situação. O que vocês acham que vai acontecer?
Bom, confusões à parte, voltamos aos protagonistas deste livro que não param de se agarrar. Pois é, meus amigos, Nestha e Cassian passam 50% do tempo brigando e outros 50% fazendo safadezas. Devo acrescentar que Sarah empolgou nesse quesito, porque eles se pegam toda hora mesmo, é chocante!
Porém, além de ficar se agarrando com o general illyriano, a Archeron também se dedica aos seus treinos e descobre que o exercício físico é melhor do que ela pensava. Ao mesmo tempo, continua trabalhando na biblioteca com as sacerdotisas.
Para quem não está lembrado, as mulheres que ficam na biblioteca, escondidas do mundo, foram vítimas de abusos inimagináveis e estão lá para se curarem. Rhys, junto com Mor, acolheu-as ali para aquilo mesmo, para que elas tivessem um local somente delas e pudessem viver suas vidas, tentando seguir adiante.
Esse é o caso de Gwyn, uma acólita que fica amiga de Nestha, durante o período em que ela trabalha no local. A primogênita das Archeron se aproxima da mulher e as duas criam um laço, ao mesmo tempo em que a primeira passa a perceber que as sacerdotisas podem se aproveitar das lições de Cassian também. Assim, faz de sua nova meta que todas as mulheres, caso obviamente se sentirem confortáveis, façam aulas. Vocês acham que isso vai dar certo? Só lendo para saber.
Além de Gwyn, outra garota ganha o coração de Nestha e se torna sua amiga. Estamos falando de Emerie, uma illyriana que teve suas asas deformadas para não voar mais, a qual a Archeron conhece em uma de suas idas ao acampamento com Cassian. As três garotas se aproximam muito, formando um trio de amigas bem interessante e bem divertido, unidas pelos seus medos, traumas, bem como pelo seu amor por romances eróticos, além é claro do objetivo de se tornarem Valquírias.
Só pra deixar claro, as Valquírias são guerreiras, que foram extintas na guerra entre humanos e feéricos. Elas tinham um método de treino diferenciado, como os Illyrianos, e eram conhecidas por sua ferocidade, determinação e companheirismo durante as batalhas, sendo que a unidade era composta apenas por mulheres.
Assim, Nestha continua treinando, se pegando com Cassian, trabalhando na biblioteca e tentando descer os degraus da Casa do Vento. No entanto, nem só de pegação e treino se faz um livro, por isso, a nossa protagonista inicia sua tentativa de encontrar os tesouros nefastos, arriscando-se, enquanto está completamente traumatizada e ao mesmo tempo sem controle nenhum de seus poderes.
Vocês acham que Nestha consegue localizar os itens? E Feyre, sobreviverá ao parto? Quanto a relação com Cassian, vocês acham que a Archeron mais velha irá dar o braço a torcer e admitir que quer o illyriano para bem mais que sexo? Vão ter que ler o livro para descobrir.
Bom, como eu disse antes, a obra foi escrita em terceira pessoa, o que deixou a narrativa mais interessante e menos influenciável. Particularmente, achei a leitura bem mais agradável e a escrita mais madura.
O livro, obviamente, é classificado para maiores de 18 anos por um motivo específico: putaria feérica! Sim, Nestha e Cassian se pegam o tempo todo, de forma bem explícita, com Sarah descrevendo absolutamente tudo que eles estão fazendo, dando nomes as partes íntimas e muitas informações, muitas mesmo! Honestamente, eu esperava que teria cenas mais calientes, já que vi a classificação indicativa, mas não estava preparada para a quantidade delas!
O casal principal se pega muito e sem romantismo, é sexo puro! Nenhum dos dois é fofo e meigo, que daria os céus e as estrelas um pelo outro, não... Eles são fogo puro mesmo, brigam, voltam, transam, brigam de novo, se apoiam e se entendem, do jeito deles. Uma relação madura, do meu ponto de vista, ainda mais considerando a personalidade de ambos e a situação em que Nestha está. Cassian está ali por ela, a todo momento, mas sem vulnerabilizar a garota ou passar a mão na cabeça dela.
Este é um ponto bem interessante, pois o general sabe como a feérica é e a aceita deste modo mesmo, não querendo sua mudança. O que ele quer, na verdade, é que Nestha saia do espiral de autodestruição em que está, se cure de suas feridas e fique livre de seus traumas, não esperando que se torne uma personagem fofa e meiga, que sabemos que ela não é.
Acredito que, para mim, este seja o ponto alto do livro, pois Nestha não é boa! Ela é uma megera má que xinga todo mundo, fala o que pensa, é egoísta, tem medos, pensa no próprio umbigo de vez em quando e faz muita coisa errada, muita mesmo! Saímos daquele estereótipo de mocinha heroica e perfeita, adentrando em uma personagem extremamente complexa, com problemas reais!
O final do livro obviamente não será anunciado aqui, mas já adianto que Sarah não fecha nada! Comecei a leitura cheia de dúvidas e terminei com as mesmas questões não resolvidas. Dá raiva? Sim. Vou parar de ler e fazer teorias? Não. Comprarei o próximo livro para ter mais finais em aberto? Claro.
Por fim, cabe dizer que Eris tem um potencial muito bom para ser um daqueles personagens que tomam decisões ruins com um fundo altruísta, que todo mundo detesta e no final é bonzinho. Além disso, cito que Amren e Mor estão muito esquisitas neste livro, muito mesmo, fiquei desconfiava e já fiz mil teorias!
Finalmente, recomendo que vocês leiam este livro e se apaixonem. A obra não é ruim, não é chata, a leitura flui muito (li tudo em 3 dias) e é muito interessante, pois temos personagens mais complexos e bem mais estruturados, além de que a relação entre Cassian e Nestha é maravilhosa! Compensa muito mesmo!! Já adianto que ninguém pode vir falar mal da protagonista para mim depois dessa leitura, pois ela é minha favorita!!
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