Trono de Vidro: Torre do Alvorecer (Livro 5.5)

 


Resenha por Bianca Ramos

Título Original: Tower of Dawn

Autora: Sarah J. Maas

Tradução: Mariana Kohnert

Editora Galera Record, 2020 – 5ª edição.

Livro Físico, 641 páginas

 

Sinopse

“Os leitores fiéis da série Trono de Vidro anseiam para saber como a narrativa de Chaol se desenrolaria, que caminho ele seguiria após tudo o que aconteceu. Torre do Alvorecer certamente nos dá isso e muito mais.

Chaol Westfall sempre se definiu por sua lealdade inquebrável, sua força e sua posição como capitão da Guarda. Mas tudo isso mudou desde que o Castelo de Vidro se quebrou; seus homens foram abatidos, e o rei de Adarlan o poupou de um golpe de morte, mas deixou seu corpo quebrado.

Ele foi despedaçado emocionalmente, enlouquecendo pela culpa que sentia por decepcionar a si mesmo e a seus homens. Agora, enfraquecido se senta em uma cadeira, um recipiente para seu espírito profundamente combalido.

Sua única chance de recuperação reside nos lendários curandeiros da Torre Cesme em Antica – a fortaleza do poderoso império do continente do sul. E é para lá que ruma Chaol, acompanhado de Nesryn, a única mulher na Guarda Real e sua nova capitã, depois de ter sido nomeado Mão do Rei. Então, eles viajam para Antica, na esperança de que os lendários curandeiros da Torre Cesme curem seu corpo. Eles também esperam fazer aliados do império sul na iminente guerra.

Com a guerra se aproximando de Dorian e com Aelin lutando por seu trono de direito, Chaol pode ser uma peça-chave para a sobrevivência dos dois jovens monarcas, convencendo outros governantes a se aliarem a eles. O que Chaol e Nesryn descobrem em Antica, no entanto, vai mudar os dois – e será mais vital para salvar Erilea do que eles poderiam ter imaginado.

As histórias de novos personagens acrescentam riqueza e profundidade ao universo de Trono de Vidro. A autora faz bom uso do tempo para explorar o passado e o presente.

Embora contenha guerra e monstros, ameaças e perigos, Torre do Alvorecer é uma história de cura. É sobre as maneiras pelas quais medimos nosso próprio valor. E também é uma afirmação de que todos – não importa quão perdidos ou quebrados – podem se erguer novamente.”

FONTE: https://www.record.com.br/produto/torre-do-alvorecer/

 

Resenha:

Oi gente, como vocês então? Espero que estejam todos bem e animados!

Hoje vamos falar sobre o spin-off do Chaol, chamado Torre do Alvorecer. Só para contextualizar, este livro fala a trajetória do ex-capitão da guarda à Torre Cesme, a fim de se curar.

Lembram que em Rainha das Sombras terminamos o livro com a informação de que Chaol estava paraplégico, pois durante a explosão do castelo de vidro e de ter enfrentado o rei de Adarlan, teve sua coluna fraturada. Sabemos que Rowan, usando de sua magia curativa, conseguiu curar algumas vertebras quebradas do ex-capitão da guarda, mas indicou que ele fosse até a Torre Cesme procurar ajuda, pois as curandeiras de lá poderiam saber o que fazer com o restante de seu ferimento.

Em Império de Tempestades, temos a informação de Chaol foi até o local, mas não sabemos muito de seu paradeiro, então Sarah J. Maas resolveu sanar nossa curiosidade e nos contar o que foi que aconteceu com a atual Mão do Rei enquanto Aelin estava lutando, em outro continente, para conquistar um exército.

Não se enganem, Chaol não foi somente se curar, mas sim atrás de aliados para a guerra que está se formando em Erilea. Ele vai em busca de voltar a andar, mas também tem a meta de fazer com que o governante de Antica se una ao lado deles na batalha, que carregue seus homens e suas forças para combater o Rei Valg.

Chegando em Antica, Chaol se depara com a Torre Cesme que é, literalmente, uma torre, possuindo a finalidade de abrigar os melhores curandeiros, os especialistas na magia da cura e que ajudam a todos, sem cobrar nada. Mesmo estando sob a jurisdição do Khaganato, a Torre tem suas próprias leis e costumes e adivinhem quem faz parte do quadro de curandeiros do local? Sim, Yrene Towers.

Quem se lembra da menina que Aelin encontrou enquanto ia para os desertos, em Lâmina da Assassina? Eu disse que ela apareceria de novo, não é mesmo? Pois é, chegou a vez dela de brilhar.

Yrene Towers é designada para tentar ajudar Chaol, enquanto Nesryn tenta colher o máximo de informações possíveis, além de que ambos tentam, a todo momento, convencer o Khagan Urus a se juntar a eles na batalha.

Em um primeiro momento, eu estava achando o livro um pouco chato, confesso. A leitura não estava rendendo tanto e eu estava louca para chegar em Reino de Cinzas para saber o que ia acontecer, mas acabou que mais para o final a história deu uma reviravolta e ficou muito boa. Muito mesmo! A leitura passou de tediosa para empolgante!

Este livro possui muitas informações relevantes, realmente relevantes, então leia! Não dá para pular essa leitura ou dizer que foi somente para “enrolar”, porque não foi, ele é realmente muito importante para a trama de todos os personagens, pois traz revelações bombásticas que farão toda a diferença em Reino de Cinzas!

A melhor personagem dele é, com certeza, Nesryn, e depois Yrene Towers. Já adianto que a curandeira não se parece nada com o que vimos em Lâmina da Assassina e ainda guarda as lembranças da estranha assassina que conheceu, mesmo não sabendo seu nome, com muito carinho.

A escrita continua sendo excelente, bem como as tramas são realmente muito boas. Algumas coisas eu consegui adivinhar, mas não tudo e fiquei bastante surpresa em algumas situações, o que deixou a leitura melhor.

Não desanimem, não pulem o livro e tenham perseverança. O final dele é excelente, principalmente as últimas cem páginas, e sim... Meu ranço com o Chaol passou nesse livro e eu até gostei um pouquinho mais dele!

Caso você vá parar de ler aqui, por causa do spoiler, não se esqueça de seguir a gente no Instagram e deixar sua opinião nos comentários! É muito importante!

 

AVISO! A PARTIR DESTE PONTO CONTÉM SPOILER

Se você não gosta, não continue!

 

Agora começam os spoilers, se você é apressadinho e não leu o aviso acima, estou te avisando de novo... A partir deste momento, teremos spoilers!

Então, lá vamos nós fazer resenha elogiando o livro de Chaol... Sarah J. Maas me fazendo pagar língua nessas últimas resenhas, não é mesmo? Falei que Aelin era chata e acabou que a personagem agora é uma das minhas favoritas, chamei Dorian de bobo e ele está ótimo e aqui estou... Gostando do livro do Capitão Westfall.

Iniciamos o livro com a atual Mão do Rei de Adarlan em um “relacionamento” com Nesryn, inclusive, eles já estavam juntos em Rainha das Sombras, lembram?

Então, no princípio da leitura fiquei pensando que ele aprofundaria neste relacionamento, até a chegada de Yrene. Na descrição que Chaol faz da curandeira já fica claro que ele vai acabar se apaixonando por ela a qualquer momento, o que se comprova, pois eles realmente acabam se acertando (depois de muita briga).

Mas aí você deve estar se perguntando: mas e Nesryn? Ela vai ficar sozinha e abandonada?

Venhamos e convenhamos, eu nunca fui a favor desse casal Nesryn e Chaol, pois parecia que o personagem somente usava a atual capitã da guarda para tampar buracos, principalmente o deixado por Aelin. Ela merecia bem mais do que ser a segunda opção do Westfall.

Acredite, ela terminou bem melhor que ele, na minha opinião.

Este livro me fez descobrir uma coisa muito boa: Chaol é um personagem legal! Nesta leitura então, ele subiu muito no meu conceito, pois saímos daquela mini guerra “Chaol x Aelin” e vimos somente o ex-capitão pelo que realmente é, sem todo aquele rancor pela rainha vadia e cuspidora de fogo (sim, eu só me refiro a Aelin desse jeito agora, graças a Lorcan).

Então, iniciando o livro, Chaol e Nesryn vão até Antica trabalhar em duas frentes: arrumar aliados e curar Westfall, para que ele possa lutar ao lado de Dorian na guerra. Eles chegaram com muito ouro no local, prontos para dialogar, mas como as coisas nunca funcionam do jeito que planejam, acaba que estamos, novamente, no meio de mais um mistério. Pois é, aparentemente os Valg já chegaram em Antica e estão possuindo pessoas... Cadê Manon nessas horas para começar a exorcizar geral né?

Lá, Chaol começa a se tratar com Yrene, que a princípio odeia seu paciente, tendo em vista que o Rei de Adarlan matou sua mãe (quem não odiaria né?), e Westfall serviu esse rei sádico durante anos... mas depois eles vão se acertando. A curandeira vai se aproximando cada vez mais da raiz do ferimento do ex-capitão e começando a entende-lo mais, ao passo que Chaol também passa a conhecer a sua “médica” melhor.

Não preciso nem dizer que eles ficam apaixonadinhos né? É até fofinho...

Enquanto Chaol está tentando se curar e convencer o Khagan a ajudá-los na guerra, Nersyn se une ao príncipe alado Sartaq para buscar mais informações sobre os Valg e tentar convencer um dos herdeiros a se juntar a eles.

Uma coisa a comentar: Sartaq é ótimo. Gostei dele de graça! Ele é maravilhoso, legal, não é machista, enaltece a nossa capitã da guarda, além de ser muito inteligente.

Uma coisa a se dizer sobre o exército de Antica. Eles combatem em cavalos e em ruks. Estes últimos são galinhas gigantes voadoras, e sim, foi isso que eu entendi da leitura e da descrição que fazem, se alguém entendeu diferente, se manifeste nos comentários, por gentileza. Sartaq é o comandante do exército alado do local e possui um ruk, ou seja, é o comandante do galinheiro.

Para mim, a interação entre Sartaq e Nesryn é a melhor  e o final deles é melhor ainda, vocês com certeza vão amar também.

O final deste livro é muito importante, muito mesmo. Não só para entender a posição das curandeiras na guerra ou saber quem o Príncipe Valg está possuindo, mas também temos uma informação bombástica sobre Maeve, a rainha imortal que sequestrou Aelin no final de Império de Tempestades.

É de deixar qualquer um de queixo caído. Confesso que terminei a leitura com mil teorias na cabeça sobre o que poderia estar acontecendo e sobre a verdadeira natureza da rainha feérica! Aposto que vocês também vão ficar chocados!

Além disso, no final do livro é que sabemos se Chaol vai poder voltar para Erilea andando ou não, se o Khagar vai ajudá-los na guerra e quem será o herdeiro do Khaganato.

Por isso, a dica é: não desista! No início as coisas são bem chatas mesmo, dá até preguiça de continuar lendo, porque nada acontece, fica naquela enrolação toda, mas depois, temos uma reviravolta na história e tudo fica ótimo, sendo impossível largar o livro nas últimas cem páginas... É mais difícil ainda resistir de pegar Reino de Cinzas e começar a devorar, ainda mais depois dos pontos de vista extras da história.

Parece até repetitivo depois de cinco livros eu continuar dizendo isso, mas não me sentiria bem se não falasse: a escrita de Sarah J. Maas é impecável, as descrições são ótimas e os diálogos melhores ainda. A história é um pouco cansativa no início, mas isso não é por causa da autora, e sim porque saímos de Império de Tempestades, onde tudo acontece ao mesmo tempo, enquanto que em Torre do Alvorecer as coisas acontecem mais lentamente.

Volto a repetir: não desanime! O livro possui informações muito importantes e que se você não ler, vai ficar perdido durante a leitura de Reino de Cinzas!

Em síntese, o livro é muito bom, a escrita é ótima... Precisava ter 641 páginas? Talvez não... Dava para cortar umas ceninhas meio chatas, mas quando você pegar o ritmo, a leitura deslancha... Principalmente no final!

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P. S. Deixe nos comentários sua teoria louca sobre a Rainha Maeve, porque eu tenho certeza absoluta que quando terminar de ler, você terá pelos menos umas duas ou três. Eu fiquei a madrugada inteira bolando teorias e conexões com Corte de Espinhos e Rosas...

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