Trono de Vidro: Trono de Vidro (Livro 1)

 

Trono de Vidro

Série Trono de Vidro – Livro 1

 

Resenha por Bianca Ramos

Título Original: Throne of Glass

Autora: Sarah J. Maas

Tradução: Bruno Galiza, Lia Raposo, Rodrigo Santos e Mariana Kohnert

Editora Galera Record, 2020 – 21ª edição.

Livro Físico, 390 páginas

 


Sinopse

 

“A magia há muito abandonou Adarlan.  Um perverso rei governa, punindo impiedosamente as minorias rebeldes.

Aos 18 anos uma prisioneira está cumprindo sua sentença. Ela é uma assassina, e a melhor de Adarlan. Aprisionada e fraca, ela está quase perdendo as esperanças, a sentença de morte é iminente, mas a jovem recebe uma proposta inesperada: representar o príncipe em uma competição com lutando contra os mais habilidosos assassinos e larápios do reino. Mas ela não diz sim apenas para matar, seu foco é obter sua liberdade de volta.

Se derrotar os 23 assassinos, ladrões e soldados, será a campeã do rei e estará livre depois de servi-lo por alguns anos.

Endovier é uma sentença de morte, e cada duelo em Adarlan será para viver ou morrer. Mas se o preço é ser livre, e ela está disposta a tudo.

Seu nome é Celaena Sardothien. O príncipe herdeiro vai provocá-la, o capitão da guarda fará tudo para protegê-la. E uma princesa de terras distantes se tornará algo que Celaena jamais pensou ter novamente: uma amiga.

Mas algo maligno habita o castelo – e está ali para matar. Quando os demais competidores começam a morrer, um a um e de maneira terrível, Celaena se vê mais uma vez envolvida em uma batalha pela sobrevivência e inicia uma jornada desesperada para desvendar a origem daquele mal antes que ele destrua o mundo dela. E sua única chance de ser livre.

No ritmo dos livros de fantasia de Tolkien, o mundo de Celaena é aquele em que a magia é proibida e o poder é arrebatado pela ganância. A narrativa em terceira pessoa permite uma visão frequente de vários personagens (heróis e vilões), mas sem perder o foco da confiante e conflitante protagonista.

Eleito um dos melhores livros do ano pela Amazon e best seller do New York Times, o universo de Trono de vidro começou a ganhar forma quando Sarah J. Maas pensou: e se Cinderela fosse uma assassina? E se fosse ao baile não para dançar com o príncipe, mas para matá-lo? Assim nasceu Celaena Sardothien, a heroína que conquistou milhares de leitores por todo o mundo.”

FONTE: https://www.record.com.br/produto/trono-de-vidro-vol-1/

 

Resenha:

 

Oi caleidoscópios, como vocês então? Espero que estejam todos bem e animados!

Hoje vamos falar sobre o primeiro livro “oficial” da Série Trono de Vidro, escrito pela maravilhosa e diva Sarah J. Maas. Esta obra deu nome à série e, portanto, chama-se Trono de Vidro.

Nela temos o início da história de Celaena Sardothien. Sim, o nome é difícil assim mesmo e já adianto que isso só piora, porque esta autora tem uns nomes de personagem que dá nó no cérebro durante a leitura. Eu chamei essa personagem, durante toda a leitura, de Selena (igual a Selena Gomez mesmo), ou Catarina, vocês escolhem como chamar! Para vocês sentirem o nível, tem vídeo no youtube ensinando a pronunciar os nomes...

Recomendo ver o vídeo se não forem como eu, que fico inventando nome para os personagens cujo nome não consigo pronunciar.

Então, voltando ao foco dessa resenha, temos o início das aventuras de Celaena, que é uma assassina condenada a escravidão pelo Rei de Adarlan por causa dos milhares de homicídios e outros crimes que cometeu. Essa personagem tem apenas dezoito anos, mas é perita na arte de matar (pelo menos é o que dizem, já que no livro não vemos muito deste lado dela...)

Celaena está nas minas de sal de Endovier, um campo de trabalhos forçados, há um tempo quando recebe a visita de ninguém mais, ninguém menos que Príncipe Dorian Havilliard, filho do homem que a condenou a escravidão e herdeiro do trono. Ele, acompanhado do seu fiel escudeiro e capitão da guarda Chaol Westfall, vão até onde a Sardothien está para fazer uma proposta para assassina: ser a campeã do príncipe em um torneio e, caso ganhar, tornar-se a campeã do Rei de Adarlan em troca de sua liberdade após cinco anos de serviços prestados.

A Sardothien aceita a proposta, obviamente, afinal tudo é melhor do que ser escrava em uma mina de sal. Só que temos um problema: o que era para ser apenas um torneio para escolher um campeão acaba virando um mistério, porque os competidores começam a morrer e ninguém sabe o que os está matando, tem umas teorias da conspiração loucas e adivinha quem está no centro disso tudo? Sim. Celaena.

A leitura, em um primeiro plano, é um pouco cansativa porque não rende muito, não temos tanta ação como eu achei que teria, e as coisas vão se arrastando um pouco, temos que ressaltar. Se você leu “A Lâmina da Assassina” antes deste livro, com certeza vai sentir a diferença não somente no enredo, mas na escrita também. Não que a forma de descrever os personagens e cenários, bem como as falas sejam ruins, mas você percebe, até porque o “spin off” foi lançado depois de Trono de Vidro, justificando a diferença.

No início eu fiquei um pouco presa na leitura, estava custando a ler uns dois capítulos por dia e olha que eu sou daquelas que gosta de sentar e terminar o livro de uma vez, se for possível. No entanto, a perseverança na leitura traz um resultado muito bom: o final é excelente!

Advirto que durante todo o livro você fica procurando à assassina, porque não temos NADA da famosa “Assassina de Adarlan” em Celaena neste livro. Eu acho que ela só faz jus a fama que tem mesmo em “Lâmina da Assassina”, porque durante a leitura de agora eu não vi nada disso na personagem, sério.

Fiquei o tempo todo esperando a Sardothien matar geral e nada! Não se deixe enganar, Celaena é uma personagem a princípio chatinha e difícil de gostar, mas depois melhora... Não necessariamente neste livro, particularmente eu só comecei a gostar dela em Império de Tempestades, mas tudo bem, não podemos ter tudo não é mesmo?

A leitura, como eu disse antes, é um pouco lenta no início, mas depois fica boa e o final é excelente, eu gostei bastante. Vale a pena iniciar essa série e se apaixonar, até porque os livros só vão melhorando com o tempo, é sério.

A escrita é boa e as descrições dos personagens e locais são bem precisas, dá para saber direitinho o que cada pessoa está fazendo e onde está. Além disso, o humor e a língua afiada dos personagens são um ponto muito forte deste livro!

Leia!! Você não vai se arrepender.

Caso você vá parar de ler aqui, por causa do spoiler, não se esqueça de seguir a gente no Instagram e deixar sua opinião nos comentários! É muito importante!

 

AVISO! A PARTIR DESTE PONTO CONTÉM SPOILER

Se você não gosta, não continue!

 

Agora começam os spoilers, se você é apressadinho e não leu o aviso acima, estou te avisando de novo... A partir deste momento, teremos spoilers!

Então.... Vamos começar falando sobre “onde está a bendita assassina que eu não vi?”. Celaena Sardothien é conhecida como “A Assassina de Adarlan” e tem fama de impiedosa, além de ser muito conhecida e temida em todo o reino, logo, você começa o livro pensando “a cada capítulo alguém vai morrer”, porque temos a história de uma assassina, certo?

Não!

Celaena mata o total de ZERO pessoas nesse livro. Isso mesmo, zero.

EU NUNCA VI UMA ASSASSINA QUE NÃO MATA NINGUÉM! #REVOLTADA

Claro que Celaena não precisa ser sádica e sair matando todos os personagens, porque temos seis livros pela frente, mas é sério... Eu esperava pelo menos umas duas mortes, ela estressando com alguém, recebendo uma missão de matar ou pelo menos um relato das lendárias mortes, mas não temos absolutamente nada disso. Temos uma menina traumatizada, obviamente, e de língua afiada, mas muito ingênua.

Como eu disse na parte de cima da resenha: em Lâmina da Assassina conseguimos ver mais da assassina do que em Trono de Vidro.

Precisamos também falar do Príncipe Dorian Havilliard e do Capitão Chaol (ou Chão, como eu o chamei desde o princípio) Westfall. Eles são dois personagens bem importantes para a história, sendo que o primeiro é um fofo (até demais, chega até a fazer uns papeis de trouxa) e o segundo é mais revoltado, mais contido.

Temos aqui formado um triângulo amoroso reprimido, em que Dorian quer Celaena e deixa bem claro suas intenções e Chaol também quer a assassina, mas fica reprimindo seus sentimentos. Já a Sardothien quer os dois, porque ela não é boba nada (e nem nós somos, porque se estivéssemos no lugar da personagem também pensaríamos na possibilidade do trisal).

A verdade é que esse triângulo amoroso e o relacionamento que Celaena inicia com Dorian não chamaram muito a minha atenção, até porque eu não estava muito na vibe romance quando estava lendo este livro e acho que nem podemos considerar isso como um elemento principal. Eu queria mesmo era ver o bicho pegando e descobrir o que estava matando a galera durante a competição, porque os mistérios e a questão da tirania do Rei de Adarlan é que o realmente considerei como o centro da história.

Não tem como falar dos mistérios do Castelo de Vidro sem mencionar uma personagem especial: Elena Galathynius Havilliard.

Essa personagem é um fantasma (eu acho que é isso mesmo, porque não dá para saber direito) que aparece para dar uma missão a Celaena: achar quem está matando os campeões, ganhar o torneio e ajudar a libertar o povo de Adarlan, que há muito vem sendo oprimido pelo Rei tirano. Elena está no centro de toda a confusão, já que ela é meio que a “mentora” de Celaena nessa bagunça toda, além de ajudar protegendo-a.

Elena, em si, não é muito cativante, mas tem um papel muito importante para a história, guardem essa informação! Ela e Celaena não se dão muito bem, até porque a personalidade da assassina é bem forte, mas acaba que em dado momento ambas se entendem, de certo modo.

A única personagem que me cativou e ganhou todo o meu coração foi à princesa de Eyllwe, mais conhecida como Nehemia Ytger (ou Noêmia, que foi como passei a chamá-la). Essa sim é uma personagem cativante! Ela está na corte do Rei de Adarlan com a desculpa de aperfeiçoar a língua e de tentar manter relações diplomáticas, mas não é bem isso...

A princesa é bem mais interessante do que aparenta, na verdade, ela é bem legal mesmo porque tem aquela vibe espiã e não é nada boba! Deem credito e amor para Nehemia, por favor! Essa personagem imediatamente fica amiga de Celaena e a amizade das duas é muito legal!

O livro também conta com outro personagem peculiar: o Rei de Adarlan. Um homem frio, que não liga para ninguém e é bem cruel com todos. Ele tem uma veia de Alexandre, o Grande, pois sai conquistando todos os territórios e quer cada vez mais expandir seus feitos. O monarca é realmente um mistério e confesso que eu gostei bastante, porque gosto dos personagens que eu não consigo entender bem.

Por favor, o fato de eu ter gostado do personagem não quer dizer que eu concorde com o que ele fez! Pelo amor de Deus, eu sou completamente contra qualquer tipo de governo opressor, tirano e violento!

O livro é permeado por mistérios, traições e pela Celaena não entendendo nada. Nós ficamos como ela neste ponto, porque vamos tentando conectar os pontos, tentar entender, mas não conseguimos muito...

É frustrante, mas também é legal.

Quer saber quais são esses mistérios? É só ler!

Uma coisa importante a se dizer também é o amor da personagem principal pela leitura, pela dança e pela música. Celaena é gente como a gente, que vira noite lendo livro, mesmo tendo tarefas do campeonato a realizado no outro dia cedo, é daquelas que ama um bom livro, que ama dançar e ama música, e a autora passa esse amor de um modo muito genuíno e muito especial no livro. É ótimo!

Como eu disse antes, é uma leitura boa, mas é difícil de encontrar um ritmo. Eu demorei bastante para conseguir terminar e só depois de determinado ponto que consegui empolgar realmente com a história.

A dica é: não desista!

No início dá para ficar um pouco de “saco cheio” da Celaena e dos outros personagens, mas quando os competidores começam a sumir e a nossa assassina começa a se ver cada vez mais no centro de toda a confusão, a leitura começa a ficar boa e a render.

O ponto alto, para mim, é o final! Eu achei surpreendente e ao mesmo tempo fiquei me perguntando “como ela vai sair dessa confusão?”.

É um livro muito bem escrito e também não é muito grande, o que facilita sua leitura. Um ponto que devemos destacar é que os personagens tem aquele humor perspicaz que a gente ama, então os diálogos são ótimos e muito bem construídos.

Por fim, uma dica importante para a leitura: Sarah J. Maas conecta todos os personagens e pontas soltas, então é bom prestar uma atenção especial em todos os personagens, porque alguns acabam voltando de um modo bem inesperado nos outros livros. É um micro spoiler da continuação da saga, mas é também uma dica valiosa, devemos dizer!

Em síntese: leiam e depois me contem o que acharam!

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