Trono de Vidro: A Lâmina da Assassina (Livro 0.5)

 

A Lâmina da Assassina

Série Trono de Vidro – Livro 0.5 (Spin Off)

 

Resenha por Bianca Ramos

Título Original: The Assassin’s Blade

Autora: Sarah J. Maas

Editora Galera Record, 2020 – 10ª edição.

Livro Físico, 404 páginas

 


Sinopse

 

“Implacável. Sedutora. Letal. A Assassina de Adarlan é tudo isso.

Em A lâmina da Assassina, histórias de Trono de Vidro conhecemos Celaena, sua fama ultrapassa os muros de Forte da Fenda, mais brilhante que as torres do castelo de vidro, onde o usurpador governa com mão de ferro o destino de todos em Erilea. Poucos conhecem seu rosto, menos ainda sobrevivem à sua fúria.

Seu caminho rumo à fama estava escrito nas estrelas, sob a bênção da constelação do cervo branco, o Senhor do Norte, o mítico espírito de Terrasen. Não à toa Celaena Sardothien é sinônimo de morte. Suas lâminas são certeiras. Assim como também o é seu estranho código de honra. Seu aguçado senso de justiça. Única, ela foi criada nas sarjetas. Mas como uma menina, encontrada agonizando pelo rei dos Assassinos de Adarlan, se tornaria a campeã do rei? Disputada pelo capitão da guarda real e pelo próprio príncipe herdeiro? No centro de intrigas políticas?

Conheça o caminho da assassina. Pavimentado com sangue, lágrimas e suor. Acompanhe Celaena vencer um lorde pirata e toda a sua tripulação; o encontro com uma curandeira; seu treinamento com o Mestre Mudo, senhor dos assassinos silenciosos, nas dunas do deserto Vermelho; a prisão nas Minas de Sal de Endovier; ou, ainda, sua luta contra o mais escorregadio e traiçoeiro dos adversários - o próprio coração.

O livro se desenvolve através de cinco histórias, que fluem diretamente uma para a outra e, juntas, contam a história dos eventos que levaram Celaena até onde ela está no começo de Trono de Vidro. É definitivamente uma oportunidade de conhecer a protagonista em um nível muito mais profundo. A lâmina da Assassina é o pacote completo do gênero de fantasia. Repleto, aventura, drama e romance. Tem todos os elementos que os leitores da série Trono de Vidro adoram e uma história cheia de ação e reviravoltas.”

FONTE: https://www.record.com.br/produto/a-lamina-da-assassina/

 

Resenha:

 

Oi caleidoscópios, como vocês então? Espero que estejam todos bem e animados para iniciarmos mais uma série de postagens!

Hoje vamos iniciar mais uma série de livros excelente: Trono de Vidro. Escrito pela maravilhosa Sarah J. Maas, acompanhamos a história de Celaena Sardothien, a Assassina de Adarlan, enquanto luta contra as intempéries de um reino corrupto, com um rei sádico e nem um pouco misericordioso.

A série é composta por seis livros, mais dois spin offs, ou seja, livros a parte. São livros consideravelmente grandes, a maioria com mais de quatrocentas páginas e o gênero, apesar de ser new adult, também é de fantasia, o que amamos!

Vamos iniciar esta série de resenhas com o primeiro spin off, que ocorre antes do primeiro livro, por isso vamos falar sobre A lâmina da Assassina.

Primeiro: é estritamente necessário ler antes de começar Trono de Vidro? Não. Mas é bom ler antes de Herdeira do Fogo, que é o quarto livro da série, pois possui informações relevantes. Eu confesso que li este livro antes dos três primeiro, pois o box que adquiri veio como se este fosse o primeiro e gostei mais assim, mas conheço gente que leu antes de Herdeira do Fogo e gostou também.

Não importa a ordem, importa é que a leitura é legal e vale a pena, então... Seguindo a tese da matemática a ordem dos fatores não altera o resultado, portanto, só leiam. Eu escolhi postar essa resenha como “primeira”, porque foi a minha ordem de leitura, mas você pode fazer diferente, caso queira.

Se você ler antes, tem a desvantagem de que não há a descrição exata dos personagens e a autora não faz muitas introduções, e se você ler depois tem coisas que são faladas nos três primeiros livros que você só vai entender quando ler o spin off. Tira a mágica da coisa? Disseram-me que não, então... Escolha o que for melhor para você, ok?

Este é um livro com cinco contos que narram a história de Celaena Sardothien antes de Trono de Vidro, ou seja, antes dela ser escravizada nas minas de sal de Endovier e não, isso não é um spoiler, porque na sinopse de Trono de Vidro temos a informação de que a personagem é escrava em Endovier!

Primeiro, vou fazer o que Sarah J. Maas não faz neste livro e te dar um panorama geral de quem são alguns personagens. Vamos lá?

Iniciamos com a nossa personagem principal: Celaena Sardothien. Sim, este é o nome difícil dela mesmo, e cada pessoa lê e pronuncia de um jeito. Ela, neste livro, é uma assassina, mais conhecida como “Assassina de Adarlan”, e compõe a Guilda de Assassinos, que é comandada por Arobynn Hamel.

Deixo claro que Celaena é protegida pelo mestre assassino e, portanto, é a mais “cotada” para substituir o lugar de Arobynn nos negócios. Você me perguntará, ela é assassina por que quer? A resposta é: mais ou menos.

A verdade é que a assassina não escolheu entrar para a Guilda, mas sim foi resgatada por Arobynn, quando ainda era muito nova e iniciou seu treinamento na arte de matar. No entanto, ela, assim como todos os assassinos, não é treinada de graça, e muito menos tem roupa, comida e armas de graça. Arobynn cobra cada centavo deles, desde a chegada na Guilda até os dias atuais, sendo que eles trabalham para “quitar” essa dívida com o mestre. O problema é que essa dívida nunca acaba, ou seja, vai só acumulando... Acumulando... Acumulando... É mais um regime de escravidão, com a ideia de que a pessoa é livre (assim que pagar o que deve).

Nele também temos Sam Cortland, o nosso amorzinho, que é também um assassino que compõe a Guilda e bate de frente com a nossa personagem principal sempre que pode. No livro ainda temos a explicação do motivo pela qual Celaena foi parar em Endovier, que é um campo de escravos, para início de conversa, mostrando o que ela fez (ou o que fizeram para ela) que culminou na sua passagem só de ida para as minas de sal, passando de assassina para escrava do Rei de Adarlan.

Primeiro temos que dizer que este livro traz cinco contos muito bem escritos e desenvolvidos. Para quem já leu qualquer outra obra de Sarah J. Maas sabe do que estou falando, porque a autora escreve maravilhosamente bem, com as descrições boas, falas ótimas e personagens cativantes que sempre são bons e maus ao mesmo tempo.

Quem não leu, leia! Ela é uma excelente escritora e quando falamos sobre fantasia, que é um gênero complexo de se escrever, isso é um baita elogio.

Dos cinco contos, os dois primeiros foram os mais chatinhos, na minha opinião. Celaena aparenta ser muito mimada e é bem rebelde, mas os outros três são ótimos... Passe dos dois primeiros e você não largará mais o livro, sério! É nesses três últimos contos que vemos a verdadeira Assassina de Adarlan – que não aparece em Trono de Vidro e nem nos outros livros.  

Arrisco dizer, inclusive, que estes três contos são melhores que Trono de Vidro. Vemos mais da assassina em Celaena, entendemos o motivo pelos quais ela é tão revoltada, vemos mais de Sam e até mesmo de Arobynn, mostrando o relacionamento de todos de modo íntimo... O que fica um pouco a desejar em Trono de Vidro, em que Celaena não se parece com uma assassina (nunca vi uma assassina que não mata ninguém!)

Em síntese é um livro ótimo! Os dois primeiros contos, como eu disse antes, dão um pouco de preguiça, mas depois que Celaena vai para o deserto, fica muito bom e é quase impossível largar a leitura para fazer qualquer outra coisa. Recomendo muito este livro!

Na parte com spoiler vou falar de cada conte separadamente então... Se você não for ler agora, volte depois para compararmos opiniões certo?

Caso você vá parar de ler aqui, por causa do spoiler, não se esqueça de seguir a gente no Instagram e deixar sua opinião nos comentários! É muito importante!

 

AVISO! A PARTIR DESTE PONTO CONTÉM SPOILER

Se você não gosta, não continue!

 

Agora começam os spoilers, se você é apressadinho e não leu o aviso acima, estou te avisando de novo... A partir deste momento, teremos spoilers!

Então, vamos aos contos...

O primeiro conto é denominado “A assassina e o lorde pirata” e narra Celaena em uma aventura na Baía da Caveira, em que a nossa assassina encontra o Lorde Pirata Rolfe e arma uma confusão tremenda ao tentar liberar escravos que Arobynn havia comprado.

Neste primeiro conto vemos uma Celaena rebelde e que se acha – nada diferente da que conhecemos de Trono de Vidro –, mas, por ser mais nova, aparenta ser mais ingênua. Por exemplo, é nítido que Sam gosta da moça e ela fica desdenhando do coitado, além de que a confiança cega que ela tem no mentor é de fazer você revirar os olhos a cada momento.

Arobynn é um homem tóxico, já vou avisando!

O segundo conto é “A assassina e a curandeira”. Na minha opinião, este é o mais chato. Mostra como Celaena conhece Yrene Towers – que só vai aparecer na série bem depois, bem depois mesmo!

Temos uma Celaena que foi punida fisicamente – ou seja, levou uma surra – por Arobynn e mandada para o deserto, a fim de treinar com os assassinos silenciosos. Este conto se passa na jornada de ida da assassina para o deserto, em que ela fica basicamente arrumando briga (nenhuma novidade), remoendo a atitude de Arobynn (nenhuma novidade de novo) e fica preocupada com Sam (isso sim é uma novidade, porque até então a nossa personagem detestava o assassino).

Vale ressaltar que depois que a Sardothien e o assassino retornaram na Baía da Caveira, Arobynn bateu em Celaena na frente de Sam – para torturar o rapaz – e como a assassina perdeu os sentidos, não sabe o que aconteceu com Cortland e nem a gente, então dá um desespero total.

Celaena faz amizade com Yrene, uma curandeira que quer chegar a Torre Cesme para treinar, mas acabou ficando empacada em uma cidade portuária, trabalhando em uma taverna e sendo explorada financeiramente pelos seu patrão. O que acontece? Não vou contar! Leiam e descubram, mas não é muito emocionante, já aviso.

Depois de resolvida as questões com Yrene, temos o terceiro conto chamado de “A assassina e o deserto”. Nele Celaena chega aos desertos, na fortaleza dos assassinos silenciosos e tem como meta ser treinada pelo Mestre Silencioso, sob ordens de Arobynn, sendo que a Sardothien deve conseguir isso ou nem se importar em retornar para Forte da Fenda.

Lá ela conhece Ansel do Penhasco dos Arbustos, que vira sua amiga instantaneamente, já que também é uma forasteira e está no local para ser treinada pelo mestre, mas que nunca conseguiu tal feito. Acompanhamos a amizade dessas duas se desenvolverem, bem como o que aconteceu depois, que não vou contar para não perder a graça.

Confesso que, neste ponto, eu só queria saber o que estava acontecendo com Sam, mais nada. Eu ficava o tempo todo pensando “tá bom, Celaena está correndo no deserto com um cavalo, mas e o Sam? O que Arobynn fez com ele?”. É desesperador!

Você se apega muito a Sam durante este livro, o que não é uma coisa legal.

Então, no quarto conto denominado “A assassina e o submundo”, Celaena retorna ao Forte da Fenda com dois baús cheios de ouro – para comprar a liberdade da Guilda – e uma carta de recomendação do Mestre Silencioso – para calar a boca de Arobynn.

Chegando lá, ela é recebida de braços abertos por Arobynn, que se faz de arrependido e manipula emocionalmente a assassina (ele faz isso o tempo todo), e então para “se redimir” lhe dá uma missão: assassinar um homem que supostamente vai entregar ao rei pessoas que ajudam a libertar escravos.

É óbvio que isso é o que? Caô! Mas Celaena cai direitinho.

Dá um ódio de como ela se deixa manipular por Arobynn o tempo todo! A personagem supostamente teria que ter mais maldade sobre essas coisas, afinal é uma assassina. Fiquei me perguntando, durante a leitura, como ela ainda não havia sido assassinada, porque com essa ingenuidade, já era para estar morta.

Também temos Sam! Ele está vivo e intacto, pelo menos fisicamente.

Neste conto descobrimos o porquê Celaena tem pânico de esgotos e também vemos como é a relação dela com o mestre dos assassinos de Adarlan.

Celaena, depois de matar o cara que na verdade ajudava os escravos, usa o dinheiro ganho nos desertos e compra a sua liberdade, bem como a de Sam e irrita Arobynn com isso. Preciso ressaltar que mesmo com os baús cheios de ouro, a personagem ainda demorou um pouco para pagar sua dívida com o mentor e libertar-se. Não podemos julgar, acho que todos sabemos como é difícil sair de relacionamentos abusivos, não é mesmo?

A Sardothien também já tinha comprado um apartamento para morar, então larga a Guilda de Assassinos, ficando junto com Sam. Aí você pensa, tudo vai ficar bem certo? Errado!

Como estamos falando de Celaena, temos mais um conto chamado “A assassina e o império”, que é o melhor de todos! Ela vai morar com Sam, após largar a Guilda e eles decidem se mudar de Forte da Fenda, mas antes, precisam de dinheiro para se livrar de vez de Arobynn, então Cortland decide pegar um trabalho e recursa a ajuda de sua namorada, mas era o quê? Cilada!

Algo acontece com Sam – se você leu Trono de Vidro, sabe bem o que é e se não leu, vai ficar chateado – e então tudo dá errado! Tudo mesmo.

Sam morre torturado e o que Celaena faz? Vai se vingar. Eu já li outros livros da série antes de fazer essa resenha e posso dizer com propriedade: toda vez que ela vai se vingar, dá merda!

Ela é pega quando vai matar o torturador de Sam e é entregue para o Rei de Adarlan, é julgada pelos seus crimes e, apesar da pena ser de morte, é enviada para Endovier, uma das minas de trabalho escravo, para “pagar” pelos vários assassinatos que cometeu e também para ser torturada pelo rei e o seu império.

Este livro te deixa com algumas dúvidas que só são sanadas ao longo dos outros livros da série, o que é ótimo!

Repito o que disse antes: neste livro Celaena é mais assassina do que nos dois primeiros livros e metade do terceiro. É aqui que vemos uma assassina de verdade, impiedosa e conhecida por ser extremamente boa no que faz!

Além de que podemos ver como a perda de Sam a tirou do eixo mesmo. Confesso que me tirou do eixo também, porque eu não sabia que ele morria (não tinha lido nem a sinopse de Trono de Vidro), então foi um choque.

É um livro ótimo, recomendo a leitura sem sombra de dúvidas, não importa se ler antes (como eu fiz) ou ler antes do quarto livro da série. É excelente em qualquer momento. Vale muito a pena ler e se aventurar!

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