Série Os Bridgertons: E Viveram Felizes Para Sempre (Livro 09)

 

E viveram felizes para sempre

Livro 09 - Série dos Bridgertons

 

Resenha por Bianca Ramos

Título Original: Happily ever after

Autora: Julia Quinn

Editora Arqueiro, 2016

Livro Físico, 256 páginas




Sinopse

“Alguns finais são apenas o começo...

Era uma vez uma família criada por uma autora de romances históricos... Mas não era uma família comum. Oito irmãos e irmãs, seus maridos e esposas, filhos e filhas, sobrinhas e sobrinhos, além de uma irresistível matriarca. Esses são os Bridgertons: mais que uma família, uma força da natureza.

Ao longo de oito romances que foram sucesso de vendas, os leitores riram, choraram e se apaixonaram. Só que eles queriam mais. Então começaram a questionar a autora: O que aconteceu depois? Simon leu as cartas deixadas pelo pai? Francesca e Michael tiveram filhos? O que foi feito dos terríveis enteados de Eloise? Hyacinth finalmente encontrou os diamantes?

A última página de um livro realmente tem que ser o fim da história?

Julia Quinn acha que não e, em E viveram felizes para sempre, oferece oito epílogos extras, todos sensuais, engraçados e reconfortantes, e responde aos anseios dos leitores trazendo, ainda, um drama inesperado, um final feliz para um personagem muito merecedor e um delicioso conto no qual ficamos conhecendo melhor ninguém menos que a sábia e espirituosa matriarca Violet Bridgerton.

Veja como tudo começou e descubra o que veio depois do fim desta série que encantou leitores no mundo inteiro”

 

Resenha:

Oi caleidoscópios!! Como vocês estão?? Chegamos à última resenha oficial sobre os livros da Julia Quinn, já que a próxima é somente meus comentários e impressões sobre a história. Nove semanas de postagem sobre esses livros ótimos!

A primeira coisa que devemos dizer sobre este livro é que ele é composto por contos! Na verdade Julia Quinn fez outro epílogo para as histórias, a fim de matarmos a saudade dos personagens, mas também para “amarrar” algumas pontas soltas, que na verdade nem estavam tão soltas assim.

Sendo bem sincera, parece mais um livro para acalmar os corações dos fãs e para matar a saudade, do que de fato importante para a história dos personagens.

“E viveram felizes para sempre” é composto por nove contos, um para cada irmão e um extra para Violet. Os “segundos epílogos” estão na ordem os livros, isto é, iniciamos na Daphne e terminamos em Gregory, sendo que em seguida temos o epílogo extra com o conto sobre a matriarca dos Bridgertons.

A leitura é muito rápida e muito fluída, super tranquilo de ler e este, realmente, dá para finalizar a leitura em um dia sem problemas. Primeiro porquê os contos são curtos e segundo porquê a história é tão leve que você simplesmente vai indo.

Particularmente, eu não tive aquela ânsia do “preciso ler isso urgente”, pois são narrativas mais leves, mais tranquilas, sem polêmicas e nada complexas. Parece mais um fechamento de história e, como eu disse anteriormente, uma amarra de pontas soltas.

Bom, de todos os nove epílogos o meu favorito foi o de Violet e o motivo é simples: inovação. Não temos o ponto de vista dela nos demais livros, então é muito legal ver as coisas do modo como essa personagem viu! É diferente também, pois vemos a sua relação com Edmund, sua infância, seus filhos, os netos, entre outros.

Para mim, este foi o melhor conto. Os outros são bons também, mas não chama tanta atenção como este.

Vale a pena ler? Sim. É essencial? Não! Se quiser parar de ler em “A Caminho do Altar” não fará falta nenhuma, mas é muito fofinho então compensa, porque a leitura é ótima, além de que é muito nostálgico revisitar alguns personagens e suas histórias novamente.

A verdade é que Quinn fechou bem algumas histórias, acho que a única que não ficou muito bem fechada foi a de Hyacinth, o resto teve amarras muito boas, logo, este livro é mais uma complementação. Por isso eu disse antes que parecia mais uma obra para matar a saudade dos personagens e do universo do que realmente um livro necessário.

Em síntese este livro é bom, mas eu não diria que é indispensável ou que se compara com os outros oito.

Na segunda parte, onde contém spoilers, falarei sobre cada conto, ponto a ponto. Caso vá ler, aproveite bastante, se não vai ler... Leia o livro e depois volte para ver se nossas opiniões estão parecidas, ok?

Caso você vá parar de ler aqui, por causa do spoiler, não se esqueça de seguir a gente no Instagram e deixar sua opinião nos comentários! É muito importante!

 

AVISO! A PARTIR DESTE PONTO CONTÉM SPOILER

Se você não gosta, não continue!

 

Agora começam os spoilers, se você é apressadinho e não leu o aviso acima, estou te avisando de novo... A partir deste momento, teremos spoilers!

O primeiro epílogo que temos é o de Daphne que não é nada emocionante, a não ser que você ache legal uma mulher mais velha engravida. Vemos a personagem engravidando, depois dos filhos estarem grandes e surtando com isso. Quem não surtaria né? A Duquesa tem toda razão neste ponto.

Acho que o ponto que este epílogo quis fechar são as cartas que Simon recebeu do pai e nunca abriu. Para isso, temos a seguinte história: um dos filhos de Colin não fala, ele entende tudo, mas não fala, assim como Simon também não falava, então, o Bridgerton decide procurar a irmã para ver se o cunhado, que está viajando, pode ajudá-lo.

Simon não sabe como ajudar, não sabe o que aconteceu que o fez falar e decide abrir as cartas do pai para ver se o problema do filho é mencionado. Zero surpresa ao saber que não tem nada de interessante nas cartas e que o bebê de Colin precisa de amor, apenas muito amor e paciência!

Diga-se de passagem, eu já sabia que aquelas cartas não teriam nenhuma informação relevante. O pai do Simon dizia para todo mundo que a criança estava morta, não dava atenção, não cuidava, além de ser orgulhoso demais. Ora, se o Duque falecido era tudo isso, iria mencionar coisas fofas e amorosas nas cartas? Claro que não.

Acho que o ponto mais alto deste epílogo foi Daphne surtando porque vai ter mais um filho. Afinal, deve ser desesperador saber que está grávida após todos os filhos estarem crescidos.

O segundo epílogo é o de Anthony, o visconde mais amado desta fanbase. Nele temos a famosa partida de Pall Mall que todos amamos, com o mesmo espírito esportivo que já conhecemos “não importa ganhar, o importante é fazer seu adversário perder”. Se for o visconde, melhor ainda.

Confesso que Kate consegue ser rainha mesmo em um epílogo curtinho. Sério... Como Anthony pode não querer esta mulher de primeira? Bendita seja a abelha que abriu os olhos do nosso Visconde. Ela continua maravilhosa, como sempre, e Anthony continua sendo um babão pela moça, esta é a verdade.

É fofo ver como os Bridgertons continuam com a mesma falta de espírito esportivo com o jogo anual de Pall Mall, e ainda mais legal ver Kate mostrando para Anthony quem é a rainha desta história (e de tudo).

Logo depois temos o epílogo de Benedict, no qual fui doida achando que teríamos muito amorzinho entre ele e Sophie e me deparo com a história de Posy, a irmã da Bridgerton.

Frustrante? Sim. Fofo? Também, afinal... Ela sim merecia um final feliz. Depois ter uma mãe daquela, merecia muito um final mais do que feliz! Ainda bem que Araminta nem aparece nesse segundo epílogo.

Tenho a teoria de que este livro não deixou pontas soltas, por isso não tivemos muito do meu casal favorito. Benedict e Sophie se resolveram do modo como tinham que se resolver e tudo deu certo no final, não ficando nada para ser abordado depois.

Isso não tira o mérito do epílogo que é muito fofo! Além do mais, pudemos ver como a relação entre Sophie e Posy ficou após o casamento dela.

O conto de Colin é mais fofinho, porque não foca necessariamente no casal e sim na amizade entre Eloise e Penélope. É sobre a Bridgerton descobrir o segredo (que não falaremos aqui qual é) da melhor amiga.

É fofo ver a interação entre os irmãos no casamento de Eloise, que é quando o epílogo se passa e principalmente ver a amizade de Penélope com essa personagem! Eu acho essa amizade linda, confesso, e passo muito pano mesmo!

Já o epílogo de Eloise não é necessariamente sobre ela e sim sobre Amanda, a filha de Phillip com Marina. Conta como a jovem cresceu e se tornou uma mulher responsável e educada. Deixou de ser pestinha para virar maravilhosa, como a madrasta!

Vemos muito Eloise como mãe, como Amanda a considera como sua mãe realmente e o amor entre todos na residência. É também diferente, pois foi escrito em primeira pessoa, o que não aconteceu em nenhum momento da série.

Não vemos muito de Eloise e Phillip, o que eu achei que teríamos, mas temos informações sobre a família, o que é muito legal.

O epílogo de Francesca e o seu pônei indomado é um dos mais bonitos. Terminamos o sexto livro com ela e Michael no túmulo de John, mas o sonho da Condessa não se realizou, porque no fim das contas não teve seu tão amado bebê.

Vemos, neste epílogo, a dificuldade da jovem em engravidar e como Francesca acreditava não ser capaz disso. Temos uma parte muito emocionante dela com Violet e da sua aceitação de que talvez nunca seja mãe.

O ponto mais importante deste epílogo, na minha opinião, foi a delicadeza de se tratar de um tema tão importante como este. Muitas mulheres sofrem por não conseguirem ser mães pelos modos ditos “naturais”, isto é, passar por uma gestação. Isso muitas vezes consome de um modo que vira um buraco na pessoa, que era o que acontecia com Francesca, de certo modo.

Houve uma delicadeza na tratativa do tema que emociona... Eu não vou estragar a emoção contando o final né? Leiam e descubram!

Confesso que o epílogo de Hyacinth foi o que eu mais esperei por causa do desespero pelos diamantes. Quer ponta mais solta que essa? Isabella encontrou as joias e guardou no lugar, DE NOVO! Sintam o meu desespero...

Temos o desfecho desta situação! Hyacinth, enfim, encontra os diamantes depois de anos procurando! Isabella, depois de adulta, coloca os diamantes no lugar e a mãe acha.

Não é só isso. Temos Gareth sendo fofo (como sempre) e irritando Hyacinth e também temos a St. Clair de mãe! Acho que o ponto alto deste conto não é nem encontrar os tão sonhados diamantes, é ver Hyacinth com uma filha como ela. Pagou língua? Claro! E o melhor, viu como sua mãe sofreu!

No epílogo de Gregory, mais conhecido como apaixonado por nucas, temos o nascimento das gêmeas, as suas últimas filhas. Nove filhos... Ele conseguiu superar os irmãos, pelo menos em números.

Confesso que este epílogo me deu um pouquinho de desespero, porque temos Lucy quase morrendo ao dar à luz as filhas e podemos sentir junto com Gregory um desespero medonho, pois naquela época era comum mulheres morrerem no parto, ainda mais de gêmeos. Mas tudo fica bem.

Vemos Gregory sendo pai, o que é fofo e dizendo que o seu talento é ser pai. Essa frase é linda, porque mostra o lado da paternidade responsável também...

Confissão: zero criatividade para nomes. Ele começou a homenagear todo mundo! Mas também né... Com nove filhos... As pessoas vão ficando sem opção mesmo.

Por fim, temos o melhor epílogo de todos, que é o de Violet, e sim, digo somente dela porque, infelizmente, não temos muito de Edmund nele.

Mostra a infância de Violet e como, ainda pequena, ela conhece Edmund, mesmo que eles se detestassem a princípio. Depois mostra ambos mais adultos e como se apaixonaram em um baile, enquanto ela levava um chá de cadeira (explicando porquê obrigava os filhos a dançar com Penélope sempre).

Temos uma inovação: Edmund não era libertino! Isso, meus caros, é um milagre, considerando que nos oito livros anteriores tivemos sete libertinos – não considero Phillip como um libertino porque ele é muito tímido para isso!

Há também o ponto de vista de Violet, grávida, perdendo o marido por causa de uma picada de uma abelha. Ela não perdeu só o pai de seus filhos, mas sim o amor de sua vida! É muito triste esta parte, mas também é muito importante, pois mostra que até o luto tem saída... A dessa personagem é Hyacinth, que se parece tanto com a mãe, que foi quem lhe tirou do vácuo criado pela perda do seu amor.

Além disso, há o motivo pelo qual Violet nunca se casou novamente, porque preferiu continuar solteira e criar os filhos. Eu não vou dizer qual é para não estragar a surpresa!

Em síntese é um livro fofo, bonito de se ler e dá para matar a saudade dos personagens que mais amamos! Não considerei este como um livro para amarrar pontas soltas, como já havia dito, porque não ficaram muitas coisas a serem resolvidas durante o decorrer dos outros oito livros, mas é um livro para acalentar o coração e ver que sim... Existe felizes para sempre.

É um livro dispensável, se pensarmos no contexto das histórias, pois não acrescenta nada muito grandioso para ela, mas é uma boa leitura e é um bom fechamento. Ele dá aquela ideia de que sim, tudo terminou, e sim, todos estão bem, cuidando de seus filhos, administrando propriedades, encontrando diamantes e sendo felizes!

A leitura é muito rápida, porque é bem mais curto do que todos os outros e bem tranquila, como todos os outros!

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