Série Briar U: The Dare - O jogo de Taylor e Connor

 

Resenha do Livro: The Dare

Livro 4 - Série Briar U

 

Resenha por: Iasmin Campos

Autora: Elle Kennedy

Editora: PARALELA

Tradutor: Juliana Romeiro

Numero de Paginas: 354



Sinopse

Prepare-se para outro romance digno de compulsão do New York Times, da autora Best-seller internacional Elle Kennedy!

Alguns riscos devem ser tomados...

A faculdade deveria ser minha chance de superar meu complexo de patinho feio e abrir minhas asas. Em vez disso, acabei em uma irmandade cheia de garotas malvadas. Já tenho dificuldade em me adaptar, então, quando minhas irmãs Kappa Chi lançam o desafio, não posso dizer não.

O desafio: seduzir o novo jogador de hóquei mais quente do segundo ano.
Conor Edwards é frequente nas festas da Greek Row... e nas camas da irmandade da Greek Row. Ele é quem você se apaixona antes de aprender que caras como ele não olham para meninas como eu. Exceto que o Sr. Popular me deixa de queixo caído - em vez de rir na minha cara, ele me faz um grande favor ao me deixar levá-lo para o andar de cima para fingir que estamos ficando ocupados.

Ainda mais louco, agora ele quer continuar fingindo. Acontece que Conor adora brincadeiras, e ele acha divertido jogar pimenta sobre os olhos dos meus amigos.

Mas resistir ao seu charme fácil e gostosura de surfista é quase impossível. Embora eu esteja percebendo que há muito mais na história de Conor do que seu fã-clube pode ver.

E quanto mais tempo esse ardil idiota continuar, maior o perigo de tudo explodir na minha cara.

 

RESENHA

Oi caleidoscópios! A resenha de hoje é sobre o quarto livro da Série Briar U: The Dare – O jogo de Taylor e Conor

 

ESSE LIVRO, BEM COMO OS OUTROS DA SÉRIE, É CLASSIFICADO COMO YOUNG ADULT E POSSUI CENAS DE SEXO EXPLICITAS E USO DE DROGAS ENVOLVIDOS POR UMA HISTÓRIA DE ROMANCE CONTEMPORÂNEO.

 

Enfim chegamos ao ultimo livro dessa série e, seguindo a lógica dos outros três, o nosso protagonista já foi apresentado no livro anterior. Estamos falando de Conor Edwards.

Para ser mais especifica vou falar um pouco do nosso protagonista e como vocês já devem imaginar com base nos outros livros: ele tem a mesma fama de todos os outros jogadores: o pegador!

Pessoas, Conor é o típico menino surfista, alto, loiro, forte e que vivia em uma cidade litorânea, em um bairro do subúrbio e suas condições financeiras se enquadram em uma classe media baixa. Isso vocês podem observar que é um ponto um pouco diferente dos outros livros, já que os outros personagens eram ricos ou de classe média.

Conor Edward é aluno da Universidade da Briar e também jogador de Hóquei do time da mesma faculdade. Nosso protagonista foi criado por muitos anos somente pela mãe, que os sustentava sendo cabeleireira, e pai os abandonou quando ele era pequeno, sendo que atualmente Conor tem um padrasto que cuida das despesas da casa.

Foi por influência do padrasto que Edward decidiu seguir o curso de finanças, já que nosso protagonista vai herdar os negócios, além de que é ele quem paga a faculdade e as despesas de Connor.

Mudando de lado vamos falar da nossa protagonista: Taylor Marsh.

Ela estuda Pedagogia na Universidade Briar e também foi criada somente pela mãe, sendo que sempre foram uma a companhia da outra. Taylor faz parte da irmandade Kappa Chi, que é uma tradição da família dela, mas a Marsh não mora na fraternidade e sim, em um apartamento próprio.

Taylor é uma personagem com alguns complexos com a aparência que são reforçados por alguns acontecimentos ao longo do livro, mas nada muito justificado. Além disso, nossa protagonista auxilia uma professora na escola primária como uma forma de estágio/trabalho, como uma assistente.

Nossos protagonistas se conhecem em uma festa organizada pelas Kappa, o que acontece com uma certa frequência já que se trata de uma irmandade que levanta fundos para manter o local e para ajudar a caridade.

A partir dessa festa acontece um desafio, que leva nossos personagens a se conhecerem e a interagirem a partir disso. O que de uma certa forma se vocês prestarem atenção não é muita novidade, pois isso aconteceu em alguns livros anteriores.

Esse livro é um pouco mais dramático que os outros, não tem muitas cenas de humor, os personagens possuem problemas bastante sérios e que prolongam ao longo da história toda, mas que a autora não soube explorar.

A autora abordou problemas de aceitação com o corpo, baixa auto estima, pornografia, abandono, o papel do padrasto na questão familiar entre vários outros de uma forma nem um pouco aprofundada.

Por causa disso, os dramas dos personagens foram simplesmente apresentados, você não consegue entender de onde vem e fica uma coisa muito maçante. Além disso, a autora trata de assuntos extremamente sérios de uma forma meio que “desleixada” sem dar a devida importância ou alertar o leitor dos riscos e da forma certa de agir.

Quanto às cenas de sexo, já adianto que elas acontecem mais para o meio do livro e sim são muito bem escritas e inovadoras se comparado aos outros livros. Seguindo a linha dos outros, são bem explicitas e chegam até mesmo a serem pornográficas.

Comparando esse livro com os outros três da série, confesso que me decepcionou bastante, já que os outros possuem personagens com personalidades fortes e são bem marcantes. Nesta obra, em contrapartida, os nossos protagonistas são bastante dramáticos, possuem atitudes que não são muito justificáveis e tem histórias que poderiam ser muito boas, mas que a autora não aprofundou.

The Dare é descrito como romance contemporâneo com cenas de sexo adultas e na minha opinião é bem isso mesmo, mas com uma pitada até um pouco exagerada de drama. Ele é bem fácil de ler, você fica bem preso a trama, mesmo que aconteça algum fato sem muita explicação.

Então para quem já chegou até aqui, eu indico continuar lendo para terminar a série e acho que vale a pena, mesmo sabendo dos percalços que esse livro possui.

Caso você vá parar de ler aqui, por causa do spoiler, não se esqueça de seguir a gente no Instagram (@caleidoscopio_literario) e deixar sua opinião nos comentários! É muito importante!

 

A PARTIR DESSE PONTO TEM SPOILER:

Se você não gosta, não leia!

 

Pessoas, o livro já começa relatando um pouco do drama da Taylor, pois ela tem muitos problemas com o corpo, não se acha bonita nem atraente e isso domina bastante a vida dela, bem como os relacionamentos que possui. Basicamente, ela tem o que chamamos de síndrome do patinho feio.

Ela faz parte das Kappa, nossa história se inicia com ela – contra a sua vontade – em uma festa. Em dado momento, o time de Hóquei chega, após vencer uma partida, e o nosso outro personagem principal Conor Edwards, está com eles.

Uma das brincadeiras mais tradicionais dessa irmandade é o desafio ou desafio, que consistem simplesmente em uma das integrantes da irmandade desafiar a outra a fazer alguma coisa (não importa o que for) que deve ser cumprida. Para fazer uma comparação, vocês devem conhecer aquela brincadeira: verdade ou desafio, e essa citada é muito parecida, mas ela não tem a parte da verdade, sendo focada somente no desafio.

Por favor, pessoas, tomem cuidado ao entrarem nesse tipo de brincadeira, pensem bem antes de aceitarem fazer um desafio, pois pode ser bastante perigoso e pode colocar a vida de vocês em risco. Então não se coloquem em perigo por causa de uma brincadeira e deixem claras as regras antes de começar a participar.

Então chega uma hora da festa em que as caixas de som param de funcionar e, para continuar animando o público e as pessoas irem embora, as Kappa decidem fazer essa brincadeira.

Quem é desafiada? Taylor, sim pessoas, nossa protagonista! Guardem essa informação que vamos usar mais tarde.

Taylor é desafiada por Abigail, as duas possuem uma desavença desde a época que entraram para a irmandade e adivinhem como começou?

Sim, essa brincadeira sem graça de desafio e desafio!

Taylor foi desafiada na época a chegar e beijar um garoto, então ela foi e fez isso, mas não percebeu que esse menino era o namorado de Abigail! Então vocês podem imaginar a confusão que deu e a partir disso Abigail faz de tudo para implicar, irritar e humilhar Taylor.

Lembram da informação? Então vamos usar ela agora.

Taylor foi desafiada por Abigail a seduzir e ir para a cama com ninguém mais que Conor Edwards, nosso protagonista e sedutor que já ficou com metade da Briar, e todas as meninas querem ficar com o cidadão.

Por ser da irmandade, Taylor não pode declinar o desafio o que a leva ir falar com Conor. Aí começa uma enxurrada de baixa autoestima, depreciação com o corpo, insegurança e negativismo até ela tomar coragem e ir falar com Edwards.

Essa cena muda de personagem então é narrada a partir da visão do Conor que simplesmente é surpreendido por uma menina que chega até ele e fala que precisa da sua ajuda. Segue o que a Taylor disse:

 

- Sinto muito por isso e você pensa que eu sou totalmente psicopata, mas eu preciso da sua ajuda, então por favor entre na onda. – ela balbucia, tão rápido que estou tendo dificuldade em acompanhar – Eu preciso que você vá lá para cima comigo e finja que nós vamos transar, mas eu não quero tocar no seu pênis, ou coisa do tipo. – Ou coisa do tipo? – É um desafio estúpido e eu vou lhe dever um grande favor se você puder me ajudar – ela sussurra rapidamente. – Eu prometo que não vou agir estranho sobre isso.

 

Sim pessoas, foi isso que Taylor falou para ‘seduzir’ o Conor e convencê-lo a ficar com nossa protagonista. Se vocês estão se perguntando se deu certo...Sim, deu certo.

O casal vai para o quarto de uma das irmãs Kappa da Taylor e ficam lá fingindo que estão fazendo algo só para que as outras consigam acreditar, mas na verdade não fazem nada. Os dois passam a noite conversando sobre a vida e acabam adormecendo.

No outro dia, ambos acordam com a dona do quarto batendo na porta para eles saírem de lá e toda a casa é surpreendida com Conor saindo do quarto, sendo que as Kappa’s o pegaram vestindo a roupa e de cara amassada, reforçando a farsa que nosso casal tinha transado. Confesso que todo o desenrolar do desafio e toda essa história de fingir ficar com alguém não é algo bacana ainda mais quando você é obrigado a fazer isso por conta de um jogo idiota.

Mas vocês acham que parou por aí? Não, a coisa complica mais um pouquinho...

 Conor precisa ir a um almoço dos ex-alunos e lá também estão algumas meninas do Kappa e uma delas é Abigail, que começa a depreciar Taylor (falar que Conor é muita areia para o caminhãozinho dela, que nossa protagonista vai ganhar um ‘fora’ dele, etc.) junto ao namorado e a outra Kappa. Nosso protagonista ouve tudo e na mesma hora Taylor parece e começa a andar na direção dele.

O que vocês acham que Conor faz?

Agarra Taylor e começa a implorar para a moça dar uma chance para nosso protagonista, dizendo que está com saudades, ou seja, Conor começa a dar a entender aos expectadores que foi Marsh que não quis nada com ele. Assim, pessoas, achei a atitude do Edwards até legal, pois, de uma certa forma, tenta ajudar Taylor e prova que o que falam dela não é verdade.

A partir desse ponto os dois combinam que vão continuar com a mentira e fingir ser namorados.

Assim temos que abordar um ponto: problema de autoestima da Taylor.

Pessoas, nossa protagonista fica o tempo todo se depreciando, é extremamente insegura e tudo na vida dela gira em torno da sua aparência. Taylor tem um complexo de achar que está gorda, que é feia e que seus seios são enormes, mas ninguém fala isso para ela, pelo contrário. Todos os personagens do livro falam que a Marsh é linda, que o corpo dela é muito bonito e Conor demonstra várias vezes que sente muita atração por tudo nela. Porém nossa protagonista sempre volta a essa questão.

Vocês podem estar se perguntando: o que aconteceu na infância dela? É daí que vem esse problema?

Então não tem como saber, porque a autora não fala nada sobre isso, ela só cita uma fala da personagem mais para o final do livro dizendo que sofreu bullying, mas você fica o livro todo sem saber de onde a Taylor teve a ideia de que o corpo dela não é bonito.

Outro problema citado é o relacionamento de Conor com o padrasto. Esses dois nunca tiveram um bom relacionamento e nosso protagonista não gosta e nunca fez muita questão de se aproximar, por achar que o padrasto o acha um ‘fracassado’. Assim, a autora não explica bem o relacionamento desses dois e deixa a entender que aconteceu alguma coisa que fez com tivessem essa convivência sem vínculos. Qual será o problema que houve entre eles?

Continuando falando sobre Conor, nosso protagonista tem um amigo de infância da época que ainda morava no bairro de classe baixa, antes da mãe conhecer o padrasto e ambos se mudarem do local e de vida.

Aí temos um outro ponto levantado pela autora: a influência das amizades nas ações das pessoas.

Conor e Kai eram inseparáveis, mas esse cidadão não era nem um pouco boa companhia para nosso protagonista, nós descobrimos mais para frente do livro que o amigo praticava bullying com a vizinha de Edwards e depois virou traficante de drogas. Esse rapaz vive em divida com os traficantes e todas às vezes, pede dinheiro emprestado e ameaça Conor dizendo que vai contar ao padrasto o segredo que eles guardam. O que será que esses dois aprontaram?

Por medo de que o segredo seja revelado, Conor sede e dá dinheiro para Kai. Então pessoas, isso realmente é algo muito sério, a pessoas te ameaçar para arrancar dinheiro seu e como já podemos imaginar a autora não resolveu esse problema e simplesmente problematizou ao longo do livro todo e no final não deu uma resolução.

Outro assunto muito sério que aparece no livro é a divulgação de vídeos sem consentimento e a pornografia. São temas muito sérios, pois é crime você divulgar imagens pessoais de alguém sem que ela deixe, inclusive sites de cunho pornográfico (no Brasil, porque o sistema jurídico estadunidense é diferente do nosso). Porém, a resolução que se seguiu esses temas não condiz com a seriedade deles e a autora não desenvolveu e nem mesmo solucionou com a relevância que eles possuem.

Por fim, não podemos deixar de falar das cenas de sexo que vocês já devem saber por base nos outros livros que são bastante explícitas e pode-se dizer pornográficas. Elas são bem inovadoras e acontecem em cenários diferentes dos outros livros e em comparação com o The play são mais frequentes, mas também demoram a acontecer.

No geral se comparar com os outros três livros, para mim esse foi o que mais decepcionou, os personagens não foram bem trabalhados, a trama não foi explorada e as atitudes tomadas pelos personagens muitas vezes não são justificáveis. Por outro lado, as cenas de sexo são boas e os temas abordados são muito importantes.

Se vocês gostaram dos outros acho que vale a pena dar uma chance e terminar a serie lendo o ultimo livro, é uma leitura bem fácil e tranquila de entender.

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