Sol da Meia-Noite
“Então o leão se apaixonou pelo
cordeiro...”
Resenha por Bianca Ramos
Título Original: Midnight sun
Autora:
Stephenie Meyer
Editora Intrínseca
Livro Digital, 13328 posições (770 páginas)
Sinopse
“Um dos maiores fenômenos editoriais dos últimos tempos, a
saga Crepúsculo narra a icônica história de amor de Bella Swan, uma garota
tímida e desastrada, que acaba de mudar de cidade, e Edward Cullen, um rapaz
misterioso que esconde um segredo aterrorizante: é um vampiro. Desde a primeira
troca de olhares, ele fez tudo para ficar longe dela, mas e se as coisas não
tiverem acontecido exatamente assim?
Até agora, os leitores conheceram essa trama inesquecível
apenas pelos olhos de Bella. No aguardado Sol da meia-noite, vamos testemunhar
o nascimento desse amor pelo olhar de Edward, mergulhando em um universo novo,
sombrio e surpreendente, cheio de revelações.
Conhecer Bella foi o que aconteceu de mais irritante e
instigante em todos os anos de Edward como vampiro. À medida que conhecemos
detalhes sobre seu passado e a complexidade de seus pensamentos, conseguimos
entender por que Bella se tornou o eixo central de uma batalha decisiva em sua
vida. Como Edward poderia seguir seu coração se isso significava colocar a
amada em perigo? Do que ele seria capaz de abrir mão?
Em Sol da meia-noite, Stephenie Meyer faz um retorno
triunfal ao universo de Crepúsculo e nos transporta mais uma vez para Forks,
convidando-nos a revisitar cada detalhe dessa história que conquistou milhões
de fãs em todo o mundo. Em meio a uma paixão cercada de perigos sobrenaturais,
vamos descobrir como Edward encara seus prazeres mais profundos e as
consequências devastadoras de um amor proibido e imortal.”
Resenha
Oi gente, tudo bem com vocês?
Então... Lá vamos nós falar sobre: Crepúsculo, ou melhor, Sol da Meia-Noite.
Para iniciarmos nosso papo, temos
que perguntar: quem é “Twilighter” desde 2008? Quem tá chegando agora? Se forem
novos na área, sejam bem vindos!
Então, vamos falar sobre o novo
sucesso de Stephenie Meyer: Midnight Sun. Ou seria velho sucesso que se tornou
novo?
Para
quem está chegando agora, este livro não é novidade para os fãs da saga que já
acompanham há bastante tempo, pois já sabíamos que a autora estava trabalhando
nesta obra. Na verdade, ela começou a escrever há alguns anos, mas a versão inacabada
vazou na internet e então, por se sentir desmotivada e invadida (com toda
razão), a autora deixou de lado o projeto, concentrando-se em outros trabalhos.
Muito tempo se passou quando, em
2020, tivemos a surpresa: Sol da Meia-Noite estava pronto e seria lançado! Não
preciso nem dizer que o fandom pirou... Inclusive eu.
Para quem cresceu com Crepúsculo,
como eu cresci, é muito bom retornar a leitura de uma obra que marcou a minha
adolescência (sim, sem mimimi, sem vergonha!). Eu me lembro de ter um poster do
Robert Pattinson, ator que fez o Edward na adaptação cinematográfica, pregado
na parede do quarto e ter ido ver todos os filmes no cinema, com exceção do
primeiro, e ter lido e relido os livros tantas vezes que as páginas ficaram
desgastadas.
Sério, eu amava o Edward.
Então imagine quando lançaram essa
notícia? A minha pré-adolescente de treze anos de idade gritou de felicidade, e
então decidimos retornar a Forks, ela e eu, para nos apaixonarmos novamente por
Edward, sim, eu sou “Team
Edward” por aqui, e como a Iasmin não está aqui para defender
o Jacob... Esta resenha é tendenciosa para o lado dos vampiros.
Para quem não está inteirado com a
história, Crepúsculo conta a história de Bella Swan, uma garota que vai para
Forks morar com o pai e conhece Edward Cullen, um vampiro misterioso e se
apaixona por ele. A saga contém quatro livros: Crepúsculo, Lua Nova, Eclipse e
Amanhecer, sendo que são todos narrados no ponto de vista da Bella, e somente
nos dois últimos temos alguns capítulos (bem chatos) na visão de Jacob Black,
melhor amigo da Swan.
Por que isso é relevante? Por que
Sol da Meia-Noite conta a história de Crepúsculo, o primeiro livro, mas na
versão do nosso vampiro Edward. Temos as mesmas cenas do primeiro livro de
Meyer, mas narradas pelo Cullen, o que é uma inovação para todos, já que não
temos nenhum capítulo ou conto com a versão dele na série.
Então vocês perguntam: dá para
iniciar este livro sem ter lido os outros quatro? Sim. Eu recomendaria? Não. O
legal é ler na ordem de lançamento mesmo e depois você ler Sol da Meia-Noite,
para entender algumas reações que Edward tem durante a saga e que muitas vezes
ficamos “por que ele está fazendo isso, Senhor?” e não tivemos essa resposta na
época, por exemplo, aquelas mudanças de humor todas...
A diferença deste livro para
Crepúsculo é substancial. Enquanto na versão de Edward temos 770 páginas, a
versão da Bella tem somente 355, o que nos dá 415 páginas a mais de conteúdo
exclusivo certo? Nem tão certo assim... Edward não dorme, então acompanhamos as
divagações noturnas, além de que ele parece pensar bem mais rápido que humanos
então... Temos mais conteúdo sobre seus pensamentos.
No
meu ponto de vista, achei a leitura muito arrastada. O livro não rende e quando
chegou lá pela página 200, simplesmente cansei, tive que pausar a leitura e
depois retomar, sendo que mais para o final, travei de novo. A escrita é ruim?
Não. Mas as coisas são muito cansativas, Edward fica divagando todo tempo e tem
todo aquele drama que já conhecemos.
Talvez a pré-adolescente que gostava
deste tipo de drama teria gostado mais do que a adulta que revira os olhos cada
vez que um drama acontece. Edward é muto dramático, se você não gosta, não
invista, sério... Vai ser frustrante. E tem o fator de que ele faz muitos
monólogos internos, ou seja, são páginas e mais páginas dele divagando, sem
nenhum diálogo.
Dá vontade de pular? Dá. A gente
pula? Não. Continua seguindo firme, mas é cansativo demais.
Mas a escrita é muito boa, os
diálogos também são
interessantes e é bem legal acompanhar as
coisas pelo ponto de vista de Edward, além de dar aquela nostalgia gostosa né?
Confesso que depois que li este livro fiz maratona de todos os filmes, só para
ver Robert Pattinson e para relembrar este tempo bom....
Dá vontade até de reler a saga.
Farei isso? Talvez. Vou gostar da leitura agora depois de anos? Talvez não..., mas
que dá vontade, dá.
Vale a pena ler se você tem
paciência para dramas, ou então não quer “devorar” o livro. A leitura é sempre recomendada, pois gosto literário
é bem complicado e sabemos disso muito bem (Iasmin detesta livros que amo, e eu
odeio alguns que ela ama e a gente segue a vida), mas saiba que a leitura é um
pouco arrastada e tem muito drama.
E só para constar: Ainda sou Team
Edward!
Caso você vá parar de ler aqui, por
causa do spoiler, não se esqueça de seguir a gente no Instagram e deixar sua
opinião nos comentários! É muito importante!
AVISO! A PARTIR DESTE PONTO CONTÉM
SPOILER
Se você não gosta, não continue!
Agora começa os spoilers, se você é
apressadinho e não leu o aviso acima, estou te avisando de novo... A partir
deste momento, teremos spoilers!
Sim, começamos a análise com um spoiler
do livro, e como de praxe vou comentar as partes que achei mais relevantes, mas
em um livro de 770
páginas, não dá para falar sobre tudo.
Primeira coisa: os monólogos de
Edward e a semente de romã. Ele fica o tempo todo divagando sobre Bella e as
sementes de romã no mito da Perséfone. Só para contextualizar, Perséfone é uma
deusa, filha de Deméter e Zeus, que foi raptada por Hades, rei do submundo, e
ficou presa ao seu algoz ao comer um fruto que selaria o casamento de ambos:
uma romã.
Dica: leia Percy Jackson, você vai
sair entendendo muito
sobre mitologia grega, além de serem livros bem tranquilos de ler.
Voltando a resenha, Edward reflete
muito sobre as sementes de romã que prenderam Perséfone a Hades, um homem que
ela não queria, e a questão de seu amor por Bella. Reflete tanto que fica até
cansativo... Sério, a Bella está comendo e Edward refletindo sobre sementes de
romã, ela está dormindo e voltamos às sementes de romã. Tudo leva a semente de
romã.
Na verdade, todos os monólogos
interiores dele são cansativos. Eu fiquei estressada com os vários “Fique
Bella. Fuja Bella” que aparecem durante toda a narrativa, sério, cansa
demais.
Tudo bem que ele quer proteger a
Bella ao mesmo tempo em que quer ficar com ela, mas pelo amor né? Ele tem cem anos!
Sabe o dilema que está e não pode ficar esperando que a Bella (humana) com
dezessete anos, tome vergonha na cara e saia fora né? Eu esperava isso dela,
mas não dele.
Achei que a narrativa seria bem
madura, mas na verdade, não foi. Parece que Edward é mais novo que Bella,
porque faz drama por tudo. As partes que ela dorme ou está longe são uma
lamúria, porque ele fica divagando muito... Como disse acima, são páginas e páginas
de semente de romã, fique Bella, fuja Bella, odeio Mike Newton, etc...
Ou seja, é cansativo.
Muito cansativo.
Por
outro lado, tem um
ponto muito bacana neste livro: as cenas que não temos em Crepúsculo. Podemos
ver para onde Edward foi depois de conhecer Bella, por que voltou, como
funciona sua habilidade de ler mentes. Outro ponto bacana é que ele explora os
outros personagens e as suas histórias, como a sua relação com Alice, aparece
um pouco de Jasper, um pouco de Carlisle também e mostra como eles funcionam
realmente como uma família.
Melhor parte do livro: descobrir que
Carlisle obriga eles a ir no enterro das pessoas que mataram sem querer.
Sério... Eu não sei se achei engraçado ou triste, mais para a primeira alternativa,
devo confessar.
Achei
muito bom ver essa dinâmica familiar e o
que o Edward fazia antes de ir ver a Bella dormir. Detestei as partes que ela
dorme... Porque as divagações começam.
Outro ponto que achei bacana é
entender o apelo que o sangue dela tem para Edward. Fica já bem claro em
Crepúsculo, mas vê-lo descrever a tortura que é estar perto dela, dá um pouco de agonia.
Maaaaaaaas... Isso fica meio chatinho depois e quando você pensa que vamos ter
uma ideia boa de como Edward se sentiu bebendo o sangue de Bella, quando James
a captura... A cena é chatinha.
Poxa, para quê ficar mil anos
descrevendo uma partida de Basebol e quando ele vai saciar um dos seus maiores
desejos, faz isso rapidamente? Fiquei frustrada nessa cena e só não parei de
ler, porque estava quase acabando o livro e eu detesto abandonar leituras.
Outro ponto é: Edward não é saudável
com Bella e ela é menos ainda com
ele.
Sabemos que o Cullen quer matá-la, e
mesmo assim, Bella
continua com ele. Isso, para mim, é uma das partes mais loucas de Crepúsculo. O cara diz, com
todas as letras, que quer matá-la e ela simplesmente “não liga” e confia? Está
longe de ser um ideal romântico, não é mesmo?
Demonstra que Bella deveria fazer
terapia urgente e Edward deveria acompanhar ela, junto com o Jacob.
Psicólogo para todos.
Tudo bem que tem o lado do amor, que
eles se amam muito e que são almas gêmeas, mas precisamos levantar, como sempre
fazemos e vamos continuar fazendo, a questão sobre a naturalização da
violência. Edward é possessivo com ela, quer matá-la e só quando quase consegue
fazer isso – na verdade não foi ele, e sim James – vai embora, e destrói a menina sabendo como ela iria
ficar quando ele partisse, porque Alice já tinha visto a depressão que Bella
tem em Lua Nova.
Sim, esse é o gancho de Lua Nova.
Alice mostrou a Edward uma visão da Bella toda depressiva, porque ele a deixou
e o Cullen vai embora mesmo... Gente, sério... Esse rolê todo sendo que Alice
sempre disse que tinha muito mais chances de a Bella virar vampira.
Ele deveria ter deixado o veneno
espalhar, poupava uma galera do sofrimento. Só Jacob que ia ficar sem Renesmee,
mas não dá para agradar todo mundo né?
Achei as
cenas bem narradas, bem até demais tem horas e os diálogos já conhecemos. Deu
para entender alguns chiliques que Edward dá, por exemplo, naquela cena da
clareira em que ele dá “piti”
e começa a correr feito um doido e tratar a Bella de um jeito meio estranho.
Mas como eu disse, dá para entender, não para justificar!
Corram de
homens que ficam dando chilique e fazendo “pirracinha”!
Outro ponto
bacana é a deixa para Lua Nova que Stephenie Meyer abre, pois já no hospital
Edward toma a decisão de deixar Bella, para ela ter uma vida normal e ele vai postergando essa partida o
máximo possível.
Não sabemos
ainda se Stephenie Meyer vai escrever os outros três livros na versão do
Edward, pois somente sinalizou que irá escrever sobre a história de Jacob e
Nessie. Honestamente, não acho que ela deva escrever, pois os pontos de vista
do Edward são bem pesados, bem melancólicos, não deve ser fácil escrever um
personagem assim, ainda mais no ponto de vista dele.
E se ele já
faz drama assim em Crepúsculo, imagina em Lua Nova? Misericórdia. Seria legal
para vermos o que ele fez da vida sem a Bella, mas ao mesmo tempo, fico um
pouco receosa do que vai sair.
Se sair vamos
ler? Claro. Não é porque eu acho que ela não deva escrever, não quer dizer que
não lerei se for lançado não é mesmo?
Como eu disse
na primeira parte da resenha, é um livro cansativo e bem arrastado, que rende
em um primeiro momento, mas depois fica muito complicado de conseguir finalizar
a leitura. Devo dizer que 770 páginas foi exagero, dava para resumir a história
toda em bem menos, pelo menos na minha opinião.
Vale a pena
ler, apesar dos apesares, mas fica a dica de não se frustrar por não conseguir
ler rápido ou por ter dificuldades em finalizar. Não desista!
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Estou doida pra ler, porém depois de me lembrar que crepúsculo é drama, e que Edward (apesar de eu amar), fica sempre nessa de "vá embora Bella", "volte Bella", e saber que são páginas e mais páginas de monólogos, fico na dúvida, comprar o livro ou não? kkkkk
ResponderExcluirParabéns pela resenha ❤️
São muitas páginas mesmo e o Edward faz muito drama, não vou mentir. Muito mesmo! Mas o livro é bem legal!!
ExcluirEu achei a leitura um pouco cansativa, mas valeu a pena ter lido e sentido essa nostalgia. Baixe uma amostra dele, para ver se consegue ler. Se a leitura fluir, compensa comprar, se não... Você espera entrar no clima para ler algo assim.
Espero ter ajudado!!
Obrigada por lido e comentado <3