Série Os Bridgertons: Os Segredos de Colin Bridgerton (Livro Quatro)

 

Os Segredos de Colin Bridgerton
Livro 04 - Série dos Bridgertons
 

Resenha por Bianca Ramos

Título Original: Romancing Mister Bridgerton

Autora: Julia Quinn

Editora Arqueiro, 2014

Livro Físico, 336 páginas

 


Sinopse

 

“Há muitos anos Penélope Featherington frequenta a casa dos Bridgertons. E há muitos anos alimenta uma paixão secreta por Colin, irmão de sua melhor amiga e um dos solteiros mais encantadores e arredios de Londres

Quando ele retorna de uma de suas longas viagens ao exterior, Penélope descobre seu maior segredo por acaso e chega à conclusão de que tudo o que pensava sobre seu objeto de desejo talvez não seja verdade.

Ele, por sua vez, também tem uma surpresa: Penélope se transformou, de uma jovem sem graça ignorada por toda a alta sociedade, numa mulher dona de um senso de humor afiado e de uma beleza incomum.

Ao deparar com tamanha mudança, Colin, que sempre a enxergara apenas como uma divertida companhia ocasional, começa a querer passar cada vez mais tempo a seu lado. Quando os dois trocam o primeiro beijo, ele não entende como nunca pôde ver o que sempre esteve bem à sua frente.

No entanto, quando fica sabendo que ela guarda um segredo ainda maior que o seu, precisa decidir se Penélope é sua maior ameaça ou a promessa de um final feliz.

Em Os segredos de Colin Bridgerton, quarto livro da série Os Bridgertons, que já vendeu mais de 3,5 milhões de exemplares, Julia Quinn constrói uma linda história que prova que de uma longa amizade pode nascer o amor mais profundo.”

 

Resenha:

 

Oi caleidoscópios, tudo bom com vocês? Então, lá vamos nós para a quarta resenha da Série Os Bridgertons, dessa vez falando sobre o livro do Colin.

Bom, iniciamos esta resenha dizendo o seguinte: amo Colin do fundo do meu coração, ele é maravilhoso, mas neste livro não me convenceu nem um pouco. Não que a leitura seja ruim, porque não é, é leve e fluída como em todos os livros da Julia Quinn, no entanto, não era aquilo tudo que eu esperava... Expectativas né? Errados somos nós de criarmos.

Criei uma expectativa em cima do livro e quando chegou nele, fiquei um pouco decepcionada, confesso! Poxa, eu amo Colin, ele é casamenteiro da família, leve, engraçado, provocador e perspicaz como talvez nem Anthony e nem Benedict sejam (olha que eu sou apaixonada pelo Benedict, como ficou bem claro na última resenha).

No entanto, ao iniciar o livro vemos uma outra personalidade de Colin. Temos um homem tranquilo, viajante, que ama comer – esta parte achei apelativa demais, porque toda hora ele aparece comendo alguma coisa ou com fome, e nos outros livros isso não acontece –e que está indeciso sobre sua vida e sobre sua jornada. É ótimo ver esse seu lado, de verdade, porque vemos além do Colin casamenteiro, que fica se metendo na vida de todo mundo e dando conselho amoroso pelos quatro ventos, mas também é um pouco chato, porque parece que a autora se esqueceu dessa outra faceta dele...

Este livro também é sobre uma outra personagem já bem conhecida. Ao contrário dos outros três primeiros livros, em que somos apresentados a um cavalheiro e duas damas desconhecidos, Penélope não é novidade para ninguém, afinal... Ela está nos outros três livros e aparece com certa frequência, mas nesta obra nossa personagem está diferente!

Aqui a personagem é uma solteirona, junto com Eloise (novidade nenhuma), e, portanto, é livre para fazer o que quiser e ser como quiser. Não há mais aquela aura do casamento pairando, então conhecemos seu lado perspicaz, das respostas sagazes, da ironia e até mesmo do charme, o que torna a leitura bem agradável.

A interação de Penélope com Colin é bem engraçada, já que os dois tem sempre uma resposta para dar, pois é a língua afiada é um fator importante deste casal. Os dois são bem inteligentes, o que torna os diálogos bem divertidos e fáceis de acompanhar.

Penso que a chave deste livro é que ele é marcado por segredos... Todo mundo esconde alguma coisa. O do Colin é besta, já deixo claro... Não leia esperando um grande segredo, porque não é isso tudo que a sinopse te faz acreditar, agora os mistérios das outras pessoas... Esses sim são bons e realmente inesperados, afinal passamos três livros inteiros querendo saber a identidade de uma certa autora... Talvez neste tenhamos a resposta!

Em suma, Colin é um pouco chato neste livro, porque um pouco da personalidade construída nos três primeiros livros fica esquecida quando ele é colocado como personagem principal, então... Se você for fã de Colin Bridgerton, é melhor se preparar. Eu o achei melhor como personagem secundário do que como personagem principal, confesso.

Já Penélope é maravilhosa! Vemos um lado da personalidade dela que não aparece nos livros anteriores e é encantador! Não temos mais aquela menina frágil que precisa ser protegida como acreditamos ao ler os três primeiros livros, pelo contrário, é uma mulher forte, inteligente, sagaz, sarcástica e fora dos padrões!

Por fim, não acho que este vá ser o meu livro favorito da série, mas também não é o pior de todos até agora! A leitura é muito boa, muito fluída, com diálogos inteligentes e descrições ricas! Além disso, ele é um pouco maior do que os outros livros, mas isso não atrasa em nada a leitura, dá para ler super rápido! Se estiver com tempo, dá para ler em um dia!

Em síntese, leia o livro, ele é bom e vale a pena continuar se encantando pela família mais fértil da Inglaterra!

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AVISO! A PARTIR DESTE PONTO CONTÉM SPOILER

Se você não gosta, não continue!

 

Agora começam os spoilers, se você é apressadinho e não leu o aviso acima, estou te avisando de novo... A partir deste momento, teremos spoilers!

Passamos agora para a análise do livro com os pontos que achei mais pertinente mencionar. Vamos lá...

Primeiro temos Penélope e a sua síndrome do patinho feio. Ela é uma personagem que vem sendo deixada de lado pela alta sociedade desde o primeiro livro, em que todos ficam falando de suas roupas, do seu peso, do cabelo, etc... Isso criou a famosa síndrome do patinho feio nela, isto é, a Featherington acredita que é estranha e que por isso nenhum homem jamais vai querê-la.

Muitas de nós desenvolvemos esta síndrome durante a adolescência/início da vida adulta e é um horror se livrar dela depois, porém Penélope consegue! Ela tem recaídas, é claro, mas ao longo do livro podemos ver como a personagem começa a se valorizar mais, a se aceitar mais e a parar de ligar para a opinião alheia. Sejamos todos como Penélope, vamos começar a nos aceitar e nos amar mais, porque o padrão de beleza atual é impossível de ser atingido.

Na verdade, esta parte de não ligar para o que a sociedade pensa a Featherington já não estava fazendo há muito tempo e só piorou, o que é ótimo! Temos que ser mais como ela, na minha opinião, parar de ligar para os padrões de beleza, para o que os outros pensam e começar a analisar: eu sou a pessoa que quero ser? Se sim, tudo bem, se não, corra atrás! (#profunda)

Penélope se torna a mulher que sempre quis ser e é lindo ver isso!

Outro ponto importante é Colin Bridgerton e o seu segredo que surpreende o total de zero pessoas. Ele é um exímio escritor, escreve diários sobre suas viagens, sobre suas aventuras e o faz muito bem, mas não percebe isso e se sente a sombra de Anthony (que é um visconde) e de Benedict (que é um artista excepcional).

É preciso que Penélope leia o diário e diga o quanto é bom para que Colin comece a perceber seu dom e comece a pensar que é talentoso.

Afinal, nesta família, quem não é talentoso?

Temos também neste livro a Penélope apaixonada desde sempre por Colin. É fofo, meigo e lindo, confesso! Ela o ama desde pequena e o tapado sabe disso, mas não faz nada! Isso comprova a tese de que “santo de casa não faz milagre”, porque nosso amado terceiro Bridgerton dá conselhos amorosos para todo mundo, se intromete na vida de todos, mas quando é com ele, a banda toca diferente!

Além disso, Colin fica viajando igual doido e Penélope continua apaixonada por ele, mas completamente desiludida, pois acredita não ter chance alguma com o Bridgerton.

Uma coisa que me chamou muito atenção também foi a mudança desse amor dos dois, o amadurecimento dele junto com o dos personagens, coisa que não temos muito nos outros três livros! Isso é muito bonito de se ler, pois inicia-se com um amor infantil/adolescente, em que Penélope fantasia o dia em que se casam e terminamos o livro com um amor maduro, compreensivo e que apoia o outro independente da circunstância.

É lindo, é fofo e passo pano mesmo!

Neste livro temos o mistério de quem será a Lady Whistledown. Fica-se o tempo todo perguntando quem, afinal, é esta mulher que adora difamar a alta sociedade inglesa... Até que a nossa magnânima Lady Danbury, melhor personagem desta série, resolve fazer uma aposta para ver quem consegue descobrir quem é a colunista de fofocas da alta sociedade

Há também Cressida sendo completamente escrota com Penélope e fazendo a alta sociedade de besta! Esta personagem cumpre bem o seu papel, na minha opinião, pois conseguiu ser detestável em todos os livros até agora, sem exceção.

Como nesta obra não temos Colin casamenteiro para se meter na vida alheia, afinal, ele é o personagem a ser casado, alguém tem que cumprir este papel e ninguém melhor que Lady Danbury para fazê-lo, certo? Ao que parece, a senhora ranzinza se identifica com Penélope e as duas viram amigas, portanto acaba sendo o “cupido” do casal, que nem precisa muito disso, se formos honestos.

Digo isso porque Penélope já gosta de Colin e ele só precisou passar alguns dias com ela para ficar apaixonado também. Não é preciso somar 2+2 para sabermos que os dois vão ficar juntos, pois passam metade do livro se provocando.

Então eles se beijam... E Colin quer se desculpar pelo beijo e Penélope quer sonhar acordada com seu príncipe...

Até que Colin descobre um segredo de Penélope, que não vou dizer qual é porque você tem que ler o livro e ficar com aquela expressão de “eu já sabia” da mesma forma que eu fiquei...

Mesmo com este segredo – e depois de uma pegação na carruagem – Colin decide pedir a mão de Penélope em casamento e acho que esta foi uma das cenas que mais me marcou neste livro. Primeiro, porque ele chega com a Penélope, senta do lado da Penélope, com a mão na da Penélope e ninguém, exatamente ninguém, imagina que o Bridgerton vai declarar suas intenções para ela. Ficam jogando o coitado para Felicity, a Featherington mais nova, que é da idade de Hyacinth.

É revoltante de se ler, sério!

Dá vontade de entrar no livro e falar “Mrs. Featherington, Colin quer se casar com a sua filha solteirona que você já tinha desistido desde o início” para ver se a matriarca da família cai na real. É muito ruim de se ler, mas também é necessário.

Sabemos que existem pessoas que são excluídas pela própria família, que ninguém coloca expectativas neles e isto é péssimo. Penélope está aí para nos mostrar que todos podemos surpreender!

Então eles noivam, a festa de noivado tem um barraco, porque não seria Bridgerton se tudo acontecesse do modo certo, não é mesmo? Tem que ter uma cena de confusão... Então eles se casam.

Quer coisa mais fofa que isso?

Os dois se casam e tudo está bem... Até que o segredo de Penélope é ameaçado por uma pessoa... Quem disser Cressida, acertou. A diaba fica ameaçando a nova Mrs. Bridgerton! Sinta o absurdo.

Todos entram em pânico, mas o dia é salvo graças a Colin, o nosso comilão de primeira.

Não vou contar o final, vocês vão ter que ler para saber!!

Acho que o livro se chama “os segredos de Colin Bridgerton” não só por causa do segredo que ele guarda dentro de si, de que não sabe o que quer, mas também pelos segredos que tem que guardar durante toda a trama para proteger quem ele ama de verdade. Apesar disso, poderiam ter traduzido melhor esse título!

No mais, o livro é muito bom de se ler. Compensa muito, temos bastantes revelações, o que por si só já motiva a leitura, mas também é muito bem escrito e bem elaborado. Eu achei este um livro mais romântico que os outros, com um amor mais leve, mais fofinho e mais maduro também, acho que, porque Colin e Penélope já estão mais velhos durante os acontecimentos!

A leitura compensa e vale muito a pena!

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